CGJPE Corregedoria Geral da Justiça de Pernambuco
Compromisso com a eficiência

O desembargador e decano do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jones Figueirêdo Alves, respondeu, em seu último dia antes da aposentadoria, pelo cargo de corregedor-geral da Justiça do Estado em exercício, na quinta-feira (18/8). A transmissão aconteceu em virtude de viagem do desembargador Ricardo Paes Barreto para participar do 89º Encontro de Corregedores-Gerais, realizado no Mato Grosso do Sul. 

Um dos mais renomados magistrados do Estado, Jones Figueirêdo Alves contabiliza, em sua trajetória, 46 anos dedicados à judicatura, dos quais 23 atuou como desembargador.  Em seu último dia de atuação no TJPE, o magistrado participou do evento "As medidas provisórias da Corte IDH no Complexo de Curado: parâmetros para a construção de respostas institucionais", realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a Escola Judicial de Pernambuco (Esmape). Em seu discurso, o corregedor-geral em exercício destacou que, sendo seu último ato oficial, era também um ato de esperança. 

“Este ato que aqui participo é meu último ato administrativo de gestão devido ao implemento da idade. Para quem trabalhou com gestão estratégica, este momento tem uma simbologia muito forte. Em nome do corregedor, trago seus cumprimentos e um agradecimento expressivo, porque o diagnóstico estratégico da Justiça criminal do Estado de Pernambuco que o CNJ nos apresentou é uma diretiva de eficiência e de resultados para que possamos estabelecer metas e cumprimento de prazos. Todos nós estamos empenhados nisso, em dotar a Justiça criminal de maior eficiência”, afirmou.

Reconhecido pela Corte de Justiça Pernambucana, Jones Figueirêdo Alves teve uma homenagem especial durante a solenidade em comemoração aos 200 anos do (TJPE), realizada na última segunda-feira (16/8), no Palácio da Justiça. Em nome do Judiciário pernambucano, o desembargador Alexandre Assunção fez um discurso de saudação e ressaltou traços como inteligência, honestidade e determinação. “A independência, altivez e ousadia são valores intangíveis e indissociáveis de sua atuação jurisdicional, fazendo suas normas direito vivo, capaz de restaurar o esgarçamento do tecido social, freando a ganância dos poderes e socorrendo os que têm sede de Justiça”, destacou.

O desembargador Jones Figueirêdo agradeceu as homenagens e, em suas palavras, mencionou o tribunal como “a catedral onde a oração de Justiça é recitada no espírito dos justos”.  “Nele, desde sempre, a tempo todo, a minha alma se encontrou inteiriça, no seu habitat mais existencial. Alma insuflada de amor pelo direito, pelo ministério do trabalho judicante e por realizá-lo, sem vacilações, com a coragem moral de quem se acha desprovido de quaisquer temores, inclusive do temor reverencial a poderes econômicos ou políticos. Cada processo que julguei, um a um, foi o mais importante, porque neles encontrei pessoas em conflito, necessidades de cidadania, clamores por uma jurisdição inclusiva, preces por resiliências”. 

“Este não é um pronunciamento de despedida. Muito antes, há de ser uma epístola aos que ficam e aos que virão, uma ode a esta Casa, um cântico de exaltação, que um decano, a esta altura do seu patriarcado afetivo, pode, seguramente, indicar as dinâmicas de vigília à grandeza de um tribunal bicentenário. Afinal, palavra de quem, dentre os seus insignes pares, é o último dos que nele ingressaram ainda no século passado (1999) e por desígnios de Deus, nos arrabaldes do tempo, também presente no pórtico do terceiro século da instituição, iniciado ontem”, destacou.

.....................................................................................................

Texto: Rebeka Maciel | Ascom CGJ-PE, com informação da Ascom TJPE

Foto: Gelber Nova | Esmape