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O corregedor-geral da Justiça de Pernambuco, desembargador Francisco Bandeira de Mello, participou da abertura da 3ª Caravana do Centro de Inteligência da Justiça Estadual de Pernambuco (Cijuspe). O evento, realizado nesta segunda-feira (5/8) na Escola Judicial do TJPE – Esmape, foi direcionado a cerca de 200 juízes(as) de varas e juizados especiais cíveis e teve como foco demandas predatórias que chegam ao Judiciário.
Por meio de um vídeo, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, que se encontra em missão institucional, abriu o encontro destacando a importância do tema para a Justiça. “É um trabalho contínuo e incansável que está sendo desenvolvido e sairemos vitoriosos nesse desafio", afirmou.
Além do corregedor-geral, integraram a mesa de honra do evento o desembargador presidente do Cijuspe, desembargador Fernando Cerqueira, o desembargador Silvio Neves Baptista e a corregedora auxiliar dos Juizados Especiais, juíza Fernanda Chuahy.
“Estamos aqui reunidos para debater uma das questões mais importantes que nos afligem hoje no Judiciário, que são as demandas de massa predatórias, que causam prejuízo a boa administração da Justiça. Reunimos diversos especialistas do país para debater esse tema e estamos aqui para trocar experiências e aprender”, destacou o presidente do Cijuspe.
O corregedor-geral da Justiça parabenizou o Centro de Inteligência pela iniciativa e ressaltou que o quantitativo de demandas predatórias representa hoje um dos maiores desafios do Judiciário brasileiro. "Tal realidade consome tempo de servidor(a) e de magistrado(a) e recursos materiais que nós dispomos de maneira limitada. É um fenômeno infelizmente sério. Dada a estrutura naturalmente massiva das demandas predatórias, nós do Judiciário não temos como resolvê-las individualmente. É necessário que a gente avance para estabelecer uma ação coordenada entre juízes(as) e administração. Dessa forma é possível que nós consigamos montar uma estrutura de defesa e de reação que enfim extinga esse problema", observou.
O desembargador Francisco Bandeira de Mello também citou como marco no combate ao problema o desenvolvimento da ferramenta Bastião, lançado em outubro do ano passado, pelo Instituto de Inovações Aplicadas (IDEIAS), da Esmape, e que envolveu a colaboração da Secretaria de Tecnologia de Informação (Setic) do TJPE, magistrados e magistradas, servidores e servidoras de unidades judiciais.
Integrante também do Cijuspe, o desembargador Sílvio Neves Baptista Filho, parabenizou ao TJPE pela elaboração do evento. "A partir da união de todos é que vamos conseguir combater esse problema. O debate é que nos fará chegar a soluções efetivas. Vejo aqui nomes de grande relevância na área e fico feliz em revê-los", afirmou o magistrado, que apresentou palestra com o tema: Cooperação Judiciária.
Representando o diretor da Esmape, desembargador Jorge Américo, a juíza corregedora-auxiliar dos Juizados Especiais, Fernanda Chuahy, deu as boas-vindas aos palestrantes e frisou ser um momento muito importante para a Justiça. "Enquanto corregedora-auxiliar dos Juizados Especiais informo que nosso sistema está sobrecarregado com essas demandas. O volume de demandas predatórias ainda é imenso, precisamos nos debruçar sobre essa problemática, e esse encontro é de muito aprendizado e trocas de experiências valiosas no enfrentamento a essa prática abusiva", asseverou.
Saiba mais sobre a programação da 3ª Caravana de Inteligência do TJPE
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Texto: Redação Ascom CGJ-PE
Foto: Assis Lima | Ascom TJPE