personalidades

Joaquim Nunes Machado
 

Joaquim Nunes Machado, nascido a 16 de Agosto de 1809, em Goiana, Pernambuco, ingressou cedo na carreira jurídica. Em 1832, formou-se bacharel em Direito pela primeira turma da Academia Jurídica de Olinda, atual Faculdade de Direito do Recife.

Joaquim Nunes foi o primeiro Juiz de Direito da comarca de Goiana, criada por Resolução do Conselho da Província. Em 1835, ele foi nomeado titular da 1ª Vara Criminal do Recife, e em 1847, passou a ser Desembargador do Tribunal da Relação - primeira denominação do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Além dos cargos jurisdicionais, foi Deputado Provincial de Pernambuco, por várias legislaturas.

De espírito revolucionário, o Desembargador Joaquim Nunes Machado foi um dos chefes da Revolução Praieira, tendo falecido, quando, à frente dos rebeldes, entrava no Recife em 2 de fevereiro de 1849. Para homenageá-lo, o Poder Judiciário estadual, instituiu a Medalha Desembargador Nunes Machado, que, anualmente, é entregue a autoridades e magistrados, que se destacam em sua área de atuação. A comenda é entregue em sessão solene do Tribunal Pleno, no dia 13 de agosto, em comemoração ao aniversário de fundação do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Thomaz de Aquino Cirilo Wanderley
 

Filho do magistrado Manuel Cirilo Wanderley e de Joana Francisca Wanderley, Thomaz de Aquino Cirilo Wanderley nasceu no Engenho Santa Rosa, município de Ipojuca, a 7 de março de 1894. No Recife, concluiu o curso de humanidades no Colégio Salesiano Sagrado Coração, no Recife. Em 1917, graduou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife.

No ano seguinte, Thomaz de Aquino ingressou no Ministério Público de Pernambuco, servindo como promotor nas comarcas de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, Sirinhaém, Ipojuca e Belo Jardim.

Em 1931, o então Promotor deixou o Ministério Público para ingressar na Magistratura, primeiro, como Juiz da comarca de Águas Belas. Posteriormente, ele assumiu as comarcas de Água Preta, Canhotinho e Jaboatão dos Guararapes. Em 1935, foi promovido à comarca da Capital, onde serviu como Juiz do Foro e ocupou a 5ª e a 11ª Varas Cíveis.

A sua nomeação para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco foi formalizada em 1951. Nunca aceitou presidir a casa, tampouco assumir a Secretaria de Justiça. Aposentou-se no ano de 1964, porém, antes, recebeu o Diploma do Mérito da Magistratura, concedido pela Associação dos Magistrados Brasileiros. Entre as suas publicações, destaca-se "Exame de Consciência do Juiz". O Desembargador Thomaz de Aquino Cirilo Wanderley faleceu a 21 de fevereiro de 1968, após mais de 30 anos de dedicação ao serviço público.

Francisco de Paula Baptista
 

O recifense Francisco de Paula Baptista nasceu a 04 de fevereiro de 1811, filho do médico português Manuel Antônio Ribeiro e de Maria Teodora de Jesus Baptista. Aos 11 anos, ele foi morar em Portugal com a família, porém com a morte do pai um ano depois, a família retorna ao Brasil, onde passa a residir na cidade de Olinda.

Francisco de Paula realizou seus estudos na Congregação São Felipe Nery e no Lyceu Pernambucano. Em 1829, iniciou os estudos no recém-criado Instituto Jurídico de Olinda. Em 1933, formou-se, e no ano seguinte foi nomeado professor substituto dessa entidade, exercendo o magistério até os 46 anos.

Anteriormente, ele, em 1835, foi eleito deputado provincial. Em 1850, conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados Gerais, tendo o seu mandato renovado para a legislatura seguinte.

O político Francisco de Paula Baptista publicou dois livros de Direito: "Teoria e Prática do Processo Civil" e "Hermenêutica Jurídica". Ambas as publicações foram reunidas em um mesmo volume. Seu falecimento deu-se na data de 25 de maio de 1888.