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Na próxima segunda-feira (28/10) é o Dia do Servidor Público e, mais do que um feriado, essa data representa a classe de trabalhadores e trabalhadoras das instituições públicas. Além de ser uma data comemorativa, é um marco para valorizar e representar todos e todas que servem ao público nas mais diversas áreas: Justiça, Administração, Saúde, Educação, entre tantas outras. No Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) são cerca de 8 mil servidores e servidoras (efetivos, comissionados e à disposição) atuando para prestar um atendimento jurisdicional mais célere e eficiente aos cidadãos e operadores do Direito em todo o Estado de Pernambuco.
O Judiciário pernambucano tem 202 anos e nessa longa trajetória quantos servidores(as) passaram pela instituição e quantas histórias incríveis foram escritas aqui? Quantas mudanças foram implementadas e como o quadro funcional precisou se adaptar para superar os desafios dentro e fora do Tribunal? A técnica judiciária, Severina Barbosa, de 65 anos, lotada na Diretoria do Fórum de Nazaré da Mata, tem 42 anos de história e prestação de serviço ao TJPE, e é um exemplo de adaptação a todas as transformações pelas quais o Judiciário passou.
Severina trabalha diariamente nas audiências de custódia da sua comarca sempre com a motivação de alcançar o objetivo daquele dia, fazer todas as audiências e atender bem ao público. “Aqui aprendi tudo o que sei. O TJPE foi uma escola para mim, aliás ainda está sendo, pois todo dia eu aprendo. Quando iniciei as minhas atividades, ainda não tinha sequer a separação do extra judicial e do judicial, e depois disso já vieram tantas mudanças. Mas com certeza a minha maior contribuição sempre será atender bem ao público”, observa a servidora.
Vale destacar que para efetivamente acontecer a prestação jurisdicional, que é a área fim da instituição, também existe o empenho de servidores(as) que atuam em diversos setores da área meio (administrativa). O técnico judiciário/analista de sistemas web, Luiz Felipe Alves, trabalha na Unidade de Negócios Administrativos da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), e entende que a sua especialidade no projeto do Portal (site do TJPE) para garantir que as melhores práticas da Web sejam implementadas, como a experiência do usuário e de interface, é a sua maior contribuição como servidor público do Tribunal.
“A minha rotina diária é procurar atender as demandas prioritárias, e algumas até já são passadas antes de iniciar o expediente. Faço a leitura de e-mails, acesso o chat no Teams e depois procuro agrupar os casos idênticos e do mesmo sistema a fim de resolver 'em lote' o que torna o meu atendimento mais rápido”, comenta Luiz Felipe sobre o dia a dia do seu trabalho.
Certamente, são muitas as histórias, desafios e superações diárias na vida pessoal e profissional de todos e todas que fazem o TJPE. Mais do que servidores e servidoras são pessoas com experiências singulares, as quais fazem a diferença no atendimento que realizam e nos resultados das suas atividades. A assessora da magistrada da Vara Única de Orobó, Maria Terezinha Brito, diz que se pudesse recomeçar, ela não mudaria a sua trajetória de 15 anos na instituição.
“Sou de família de origem muito pobre, era residente da zona rural, e em razão de ter passado por privações de toda ordem durante a minha infância, inclusive fome, que é a pior das privações, considero-me uma vencedora. E por isso, eu não mudaria nada minha trajetória profissional. Pelo contrário, o TJPE é o lugar certo para eu estar. É justamente essa minha origem que me faz entender tão bem os nossos jurisdicionados, principalmente os mais sofridos. E não se trata de romantizar a pobreza, mas de ressignificar uma fase da minha vida. História da qual, aliás, eu me orgulho muito e o TJPE faz parte dessa história”.
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Texto: Priscilla Marques | Ascom TJPE
Foto: Assis Lima | Ascom TJPE