Durante todo mês de abril, quando é realizada conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Diretoria de Saúde, em parceria com a Assessoria de Comunicação (Ascom) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), está divulgando, textos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista. Confira abaixo mais um texto relacionado ao tema.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o indivíduo de diferentes maneiras. Pessoas com TEA podem apresentar dificuldades em se comunicar, interagir, demonstrar empatia, e expressar emoções. Elas também podem apresentar comportamentos repetitivos e interesses restritos. O grau de comprometimento varia de pessoa para pessoa podendo ir de leve a grave.

A saúde bucal é essencial para o bem-estar geral, mas para indivíduos autistas, visitar o dentista pode ser uma experiência desafiadora. Veja a seguir alguns cuidados odontológicos para pacientes autistas.

1- Preparação antecipada
Os(as) cuidadores(as)/responsáveis devem comunicar-se com o dentista antes da consulta para informar sobre as necessidades específicas do(a) paciente autista, como preferências sensoriais, desencadeadoras de estresse e estratégia de comunicação eficazes.

2- Comunicação adaptativa
Métodos de comunicação adaptativa devem ser usados para garantir uma interação eficaz com os(as) pacientes autistas. Isso inclui o uso de linguagem simples, comunicação visual (desenhos, cartazes) e respeito aos rituais e preferências individuais, para explicar os procedimentos odontológicos.

3- Ambiente acolhedor e amigável
Um ambiente calmo e acolhedor, com cores suaves, iluminação agradável, reduzir estímulos sensoriais excessivos e áreas de espera confortáveis. Espaços tranquilos ajudam os pacientes autistas a se sentirem seguros e relaxados.

4- Procedimentos personalizados
Adaptação dos procedimentos odontológicos de acordo com as necessidades e sensibilidades de cada paciente autista;
Uso de técnicas de dessensibilização, começando com atividades simples, e avançando para procedimentos mais complexos. Podendo ainda ter opções de sedação consciente, se necessário, para garantir uma experiência positiva;
Apoio de profissionais de saúde mental (terapeutas ou psicólogos(as)), para desenvolver estratégias de manejo de comportamento e redução de ansiedade.

5- Fatores predisponentes à alta prevalência de cárie em autistas
Déficit motor com consequente déficit na higienização;
Seletividade alimentar -dieta cariogênica rica em açúcar;
Alterações comportamentais;
Comprometimento sensorial.

A Diretoria de Saúde salienta que todos(as) merecem acesso a cuidados de saúde de qualidade e a importância das visitas regulares ao(à) dentista e no escovódromo para se acostumarem tanto com a higiene bucal, quanto ao ambiente e procedimentos realizados.

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Fonte: Transtorno do espectro Autista: características bucais
Abordagem odontológica: Ana Emília Figueiredo de Oliveira
Imagem: Núcleo de Publicidade e Design | Ascom TJPE