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No Dia de Combate à Alienação Parental, TJPE realiza roda de conversa para abordar o tema

Conselheiros tutelares assistem à palestra
 
O evento abordou os sinais da síndrome e as formas de enfrentamento à alienação parental
 
Para ampliar o conhecimento e o debate acerca da alienação parental, o Centro de Apoio Psicossocial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (CAP/TJPE) realizou uma roda de conversa com conselheiros tutelares do Recife e da Região Metropolitana, no auditório do Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica). Os psicólogos e assistentes sociais do CAP também estiveram presentes e trocaram experiências sobre o assunto. A data de 25 de abril, dia do encontro, foi escolhida por representar o Dia Internacional de Combate à Alienação Parental. Confira mais fotos no Flickr do TJPE.
 
A "Síndrome da Alienação Parental" é definida, no artigo 2º da Lei 12.318/2010, como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, para que repudiem o pai ou a mãe – ou se cause prejuízo ao estabelecimento ou manutenção de vínculos da criança ou adolescente com esse genitor. Depressão e queda do rendimento escolar são algumas das consequências para as vítimas. Esses foram alguns dos pontos abordados durante a roda de conversa.
 
A chefe-geral do CAP/TJPE, a psicóloga Helena Ribeiro, destaca que a roda de conversa serviu para que os conselheiros pudessem trocar experiências com os psicólogos e assistentes sociais do Centro. “É uma forma de multiplicar o trabalho do CAP e até evitar que casos identificados pelos conselheiros tutelares venham para a Justiça e possam ser resolvidos no âmbito da própria família por meio de acordos. A nossa preocupação é o enfrentamento desse mal, porque a alienação parental traz prejuízos para o pai, a mãe, as crianças e os adolescentes que passam por essa situação, com repercussões inclusive na vida adulta”, afirmou a psicóloga.

Os conselheiros tutelares participaram da roda de conversa e a expectativa foi para saber como lidar em situações de alienação parental e o que fazer quando chega uma denúncia. Eles puderam tirar as dúvidas e dividir experiências com os profissionais do CAP, como no caso do conselheiro tutelar André Torres, da Região Político-Administrativa 1 (RPA).  “É de extrema importância realizarmos essa discussão com os autores que trabalham com a temática da criança e do adolescente. No nosso cotidiano, nós lidamos com situações adversas, dentre elas a alienação parental, e é fundamental sabermos para onde encaminhar os envolvidos nos casos que identificarmos”, disse.

O Centro de Apoio Psicossocial presta assistência para as 12 Varas de Família e Registro Civil da Capital. Uma equipe do centro composta por psicólogos e assistentes sociais realiza estudo e emite parecer sobre os processos que abordam conflitos de alienação parental. O grupo também promove palestras sobre o assunto em instituições de ensino, órgãos públicos e comunidades.
 
Cartilha sobre alienação parental – Em parceria com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o CAP/TJPE vai elaborar cartilhas de prevenção e combate à alienação parental. Inicialmente a cartilha será veiculada no site da Alepe.
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Texto: Ivone Veloso e Rayama Alves | Ascom TJPE
Revisão: Francisco Shimada | Ascom TJPE
Fotos: Jean Oliveira | Agência Rodrigo Moreira