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Celebração Ecumênica abre comemoração dos 197 anos do TJPE

Coral do TJPE e Quinteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã abriram as solenidades

Coral do TJPE e Quinteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã abriram as solenidades

As festividades pelos 197 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foram iniciadas com a celebração do Culto Ecumênico em Ação de Graças, realizado na segunda-feira (12/7), no Salão dos Passos Perdidos, espaço localizado no Hall do 1º andar do Palácio da Justiça, no Recife. O ato contou com a apresentação do Quinteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã; do Coral do TJPE, regido pela maestrina Amilca Aniceto; e do recital do cordel “Ação de Graças pelos 197 anos do TJPE”, criado e interpretado pela servidora e membro do coral, Marília Portela. Confira as fotos da solenidade AQUI.

A cerimônia foi aberta pelo presidente do TJPE, desembargador Adalberto de Oliveira Melo, que, em seu discurso, convidou todos “a partilhar da comunhão do momento, que também faz referência à criação dos Cursos Jurídicos no Brasil, celebrado em 11 de agosto, tendo as cidades de Olinda e de São Paulo como pioneiras na formação do Direito no País”.

O presidente agradeceu à Comissão de Organização de Aniversário, responsável pela coordenação das comemorações que seguirá com diversos eventos até o domingo (18/8). “Cada mensagem, apresentação cultural, exposição, atividade esportiva ou ação de cidadania foi pensada para unir e valorizar os integrantes do Judiciário de Pernambuco e os nossos parceiros, mas, especialmente, valorizar cada cidadão. Nós também somos a casa do povo”, declarou o magistrado. Veja a programação de aniversário AQUI.

Após as palavras do presidente do TJPE, com votos de que Deus proteja a todos, as mensagens religiosas do desembargador Humberto Vasconcelos, membro da religião espírita; do bispo da igreja evangélica Catedral da Reconciliação, Dom Alexandre Ximenes; e do padre da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, Padre Caetano Pereira, começaram a ser ditas para o público presente.

Palavras foram alternadas entre representantes espíritas, evangélicos e católicos

Palavras foram alternadas entre representantes espíritas, evangélicos e católicos

Religião Espírita – Amor, caridade e misericórdia foram os sentimentos citados pelo espírita Humberto Vasconcelos ao definir a substância da aplicação de uma verdadeira Justiça. Discorrendo sobre trechos do Novo Testamento da Bíblia, ele realçou o papel de conciliador e de acolhedor demonstrado por Jesus Cristo aos pecadores e aos seus inimigos.

Através de estórias bíblicas como a da adúltera, prestes a morrer apedrejada; a repreensão a Pedro por ter cortado a orelha do soldado romano; e a reação do pai pela volta do filho pródigo, Humberto Vasconcelos defendeu a existência de uma Justiça humana que priorize a construção de pontes e procure entender aquele que errou, como fez Cristo, mesmo que o puna por seus delitos. De acordo com o desembargador, “o mestre espírita Chico Xavier ensinou que ninguém poderá mudar o seu passado, mas todos podem escolher um novo futuro”.

Religião Evangélica – Dom Alexandre Ximenes declarou estar feliz por falar à uma audiência com pessoas de tanta representatividade como os magistrados e servidores presentes à cerimônia. Em sua mensagem, ele exortou aos cristãos não cultuarem a memória de Jesus Cristo como um ser histórico e símbolo de bondade, mas sim aplicar o ensinamento de Jesus Cristo em sua vida e atitudes.

“Somos de um país que ostenta o título de ser o segundo maior em número de suicídios mundialmente, perdendo apenas para a Índia; uma nação com mais de 1 bilhão de pessoas. Porém, presenciei, e garanto que a vida, inclusive de drogados e candidatos a se matarem, podem ser restauradas por Deus. Meu desejo aqui é que Jesus Cristo esteja ou comece a estar em cada mente e coração dos senhores e senhoras”.

Religião Católica – Coube ao Padre Francisco Caetano Pereira, pároco de Nossa Senhora da Piedade, em Santo Amaro, finalizar as mensagens do Culto Ecumênico. Ele definiu, em sua visão, o desafio de todo magistrado e todo servidor: atuar com “ética, moral e não só com a legalidade”. Ele elencou o desembargador falecido Nildo Nery dos Santos, ex-presidente do Tribunal (gestão 2000-2002), como um exemplo de juiz a ser seguido.

Padre Caetano contou que trabalhou com o ex-presidente em projetos sociais, viabilizando a construção de moradias para famílias de sem-teto, que dormiam na Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio. Ele contou que presenciou a criação do projeto bem-sucedido mundialmente, a Orquestra Criança Cidadão, na Comunidade do Coque, do ex-presidente do Tribunal junto ao atual assessor especial da presidência do TJPE, juiz João Targino.

“Peço a Deus que abençoe todos com as qualidades da coragem, da constância, da modéstia, da serenidade, da descrição, do equilíbrio e da maturidade. Peço que exerçam seu ofício através de um olhar profundamente humano como fez o desembargador Nildo Nery em seu tempo de vida como juiz.” Na sequência, ele rezou um Pai-Nosso e abençoou os presentes, finalizando o evento religioso que abre a semana de comemorações do Aniversário de 197 anos do TJPE neste ano de 2019.

Pùblico presente recebeu 197 flores pelo aniversário do TJPE

Pùblico presente recebeu 197 flores pelo aniversário do TJPE

Entre os pronunciamentos no púlpito e no ato final de entrega das 197 flores coloridas, que adornaram o ambiente do Culto Ecumênico do TJPE, o Coral interpretou as seguintes músicas:

Oração de São Francisco – Autoria desconhecida;

Perdoado – Luciano Claw;

The Lord Bless You and Keep You – John Rutter;

Cordeiro de Deus – Autoria desconhecida; e 

Happy Days – Phillip Doddridge.

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Texto: Izabela Raposo | Ascom TJPE
Fotos: Assis Lima | Ascom TJPE