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CEJ lança obra sobre magistrados que nomeiam ruas do Recife

 
Nomes como Conselheiro Aguiar, Sérgio Loreto e José Osório designam logradouros do Recife, mas poucos conhecem a contribuição desses e outros magistrados para a história da cidade. Para lançar luz sobre personalidades do mundo jurídico do Estado, o Centro de Estudos Judiciários do TJPE e a editora Poço Cultural lançaram, nesta quinta-feira (12/5), o livro "Magistrados nas Ruas do Recife", de autoria do escritor Carlos Bezerra Cavalcanti. A cerimônia teve lugar no Salão Nobre do Palácio da Justiça, prestigiada pelo presidente do Tribunal, desembargador Leopoldo Raposo.
 
A obra é o nono volume da série Memória Judiciária de Pernambuco, em edição especial. Ao longo de 194 páginas, apresenta textos curtos a respeito da biografia de 91 juízes e desembargadores que receberam homenagem em nomes de avenidas, praças e ruas da capital pernambucana. Apresenta, ainda, as origens da comarca do Recife e do Tribunal de Justiça do Estado, além da história do Palácio da Justiça, erguido em 1930 na Praça da República.
 
Segundo o autor, o livro foi gestado ao longo de dez anos e não se limita a citar logradouros com nomes de magistrados. "A obra vai além: trata da origem urbana do Recife, pois as ruas são as artérias onde pulsa a vida de uma cidade", considera Carlos Bezerra Cavalcanti, que já se debruçou sobre história de Pernambuco em publicações como "O Recife e seus bairros" e "Pernambuco feito de glórias".
 
 
 
 
 
Entre os personagens históricos retratados no livro, estão o desembargador Góes Cavalcanti, que dá nome a rua no bairro de Casa Amarela; o desembargador José Neves, que chegou à presidência do TJPE em meados do século XX e hoje designa avenida no bairro de Boa Viagem; e o Conselheiro João Alfredo, nome de praça no bairro da Madalena, que foi juiz de direito e chegou ministro do império entre 1880 e 1890.
 
O presidente do TJPE ressaltou que o trabalho traz contribuição decisiva para a preservação da memória do Judiciário pernambucano. "Representa o resultado de um majestoso trabalho de pesquisa. Nós passamos a conhecer o Recife através da biografia dos magistrados, em uma obra que engrandece as tradições do Poder Judiciário de Pernambuco", afirmou Leopoldo Raposo.
 
Diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ-TJPE), o desembargador Jones Figueirêdo Alves frisou que, na historiografia do espaço urbano, a nomeação de ruas não constitui uma simples referência, mas um reconhecimento histórico. "A preservação da memória judiciária é um dos primados do Centro de Estudos Judiciários, o qual tem servido como elo com a sociedade através da divulgação da história do tribunal. Neste volume, constatamos que são o exemplo de vida e a própria gestão missionária que levam à homenagem aos magistrados."
 
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Texto: Cláudia Vasconcelos | Ascom TJPE
 
Fotos: Alesson Freitas | Agência Rodrigo Moreira