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Unidades de comunicação dos TJs se unem pela linguagem simples

As unidades de comunicação social dos Tribunais de Justiça dos Estados se reuniram para padronizar e dar maior eficiência às ações pela implantação da linguagem simples, modelo de comunicação que tem o objetivo de tornar mais acessíveis as decisões judiciais e a forma de se comunicar do Poder Judiciário.

O encontro dos jornalistas que atuam na comunicação dos TJs aconteceu no Tribunal de Justiça de São Paulo, no último dia 14. O evento promoveu o intercâmbio de boas práticas entre os profissionais. O TJPE foi representado pelo seu assessor de comunicação social, Saulo Moreira. 

O presidente do Judiciário paulista, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, abriu o encontro. “Com muita alegria, recebemos todos os responsáveis pela comunicação interna e externa dos tribunais. O papel que vocês exercem é de suma importância para todo o Poder Judiciário nacional”, declarou.

O vice-presidente do TJSP, desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira, também destacou a relevância da Comunicação Social para as instituições. "É de extrema necessidade que o Tribunal se mostre e se faça entender. Falar de forma simples e direta é fundamental e nem sempre é fácil", disse. No mesmo sentido, o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Heraldo de Oliveira Silva, salientou que o TJSP busca combater o juridiquês: “Esse encontro com foco na linguagem simples vem complementar nossos projetos”.

Integrantes da Comissão de Imprensa e Comunicação do TJSP também exaltaram a reunião. “Que consigamos facilitar a linguagem para que os jurisdicionados compreendam aquilo que se faz nos tribunais”, declarou o desembargador Paulo Alcides Amaral Salles. O desembargador Álvaro Augusto dos Passos disse que o encontro “contribuirá para o diálogo entre o Poder Judiciário e a sociedade”, enquanto o desembargador João Batista Morato Rebouças de Carvalho ressaltou que a transparência e agilidade na comunicação são fundamentais. “Imprensa e Judiciário têm o mesmo anseio de passar a informação corretamente”, reforçou.

Estiveram presentes, ainda, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Eduardo Loureiro; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Cintra Torres de Carvalho; o integrante da Comissão de Imprensa e Comunicação, desembargador Julio Caio Farto Salles; e a secretária da Presidência do TJSP, Flavia Meloni de Moura Rosa.

 

Atividades

A primeira exposição, “O que o Poder Judiciário espera dos assessores de comunicação”, contou com a participação das juízas assessoras do Gabinete Civil da Presidência do TJSP Karina Ferraro Amarante Innocencio e Paula Fernanda de Souza Vasconcelos Navarro. “A Comunicação atua para que a atividade do Judiciário seja passada com transparência para toda a população, que é a destinatária final do nosso serviço”, disse a juíza Karina Innocencio. A magistrada Paula Navarro compartilhou sua experiência e falou sobre o papel da Comunicação na divulgação e no sucesso de projetos do Tribunal. “O grande desafio é fazer a mensagem chegar efetivamente ao destinatário. A relação com a imprensa é uma relação de confiança e esse elo precisa ser construído”, afirmou. 

Ao longo do dia também aconteceram rodas de conversas entre os assessores de Comunicação, para debater os desafios da linguagem simples, avanços da inteligência artificial, campanhas conjuntas, elaboração de manuais e divulgação de boas práticas, entre outros itens. O objetivo é a união de esforços para que os conteúdos produzidos pelos tribunais sejam cada vez mais acessíveis à população.

Palestrante do último painel, o jornalista Bruno Tavares, da Rede Globo, discorreu sobre o que os veículos de imprensa esperam das assessorias de comunicação do Judiciário. “Com a internet, temos mais urgência em publicar a informação, por isso precisamos ter uma interlocução boa e transparente. Notícias veiculadas sem saber o que os tribunais têm a dizer são notícias pela metade”, explicou. Bruno também reconheceu que há necessidade de melhorias na forma como a imprensa aborda as notícias do Judiciário, pois há desconhecimento dos trâmites processuais e da estrutura do sistema de Justiça no Brasil.

Ao final, foi realizada visita monitorada pela sede do Judiciário paulista e, na sequência, os participantes elaboraram a Carta de São Paulo.

 

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Texto: Com informações do TJSP
Foto: Cortesia