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Roda de Diálogo conscientiza agricultores do Cabo de Santo Agostinho sobre violência contra a mulher

A Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Cabo de Santo Agostinho realizou, na última quinta-feira (21/9), uma roda de diálogo com homens agricultores acerca de temas como formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, formação das masculinidades, desconstrução do machismo, paternidade responsável e a Lei Maria da Penha. Os participantes fazem parte do Assentamento Luiz Gonzaga, do 3Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), situado na localidade de Arariba de Baixo, zona rural do município. A ação teve a parceria da Secretaria de Defesa Social da Prefeitura do Cabo.
 
Para o inspetor da Guarda Civil Municipal e Assistente Social Francisco de Assis Santana é fundamental o enfrentamento da violência contra a mulher, “derivada de uma cultura em que, historicamente, o poder esteve com os homens. Agressões físicas, morais, chantagens econômicas, assédios, ainda persistem em nossa sociedade, apesar dos muitos avanços legislativos, como a Lei 13.104 (Lei do Feminicídio). Infelizmente, tais condutas, ainda são toleradas por algumas pessoas e tidas como ‘normais’”, declarou.
 
Segundo o assistente social do TJPE, Joaquim Pradines, as ações no formato de roda de diálogo “promovem uma maior participação do público-alvo sobre a temática abordada, possibilitando uma aproximação com os diversos pontos de vista compartilhados pela comunidade, contribuindo na compreensão do fenômeno da violência doméstica e na superação do senso comum", defende o profissional.
 
Para ele, “é de suma importância que o Poder Judiciário, em parceria com o Poder Executivo, promova ações descentralizadas, levando o conhecimento da Lei 11.340/ 2006 a todos, sobretudo, às localidades mais isoladas do município, sensibilizando os homens sobre o papel de cada um de multiplicadores de informações sobre a necessidade da igualdade entre os gêneros, como caminho a ser trilhado na formação de uma cultura de paz”, conclui Joaquim Pradines.
 
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Texto: Redação | Ascom TJPE
Foto: cortesia