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Prevenção das hepatites virais no atendimento odontológico

Imagem de uma pessoa sendo atendida pelo dentista
 

Dando continuidade às ações de prevenção e promoção em saúde e das atividades do Programa Justiça Humanizada, que vêm sendo intensificadas no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a Diretoria de Saúde da Secretaria de Gestão de Pessoas (DS/SGP/DG/TJPE), em parceria com a Assessoria de Comunicação (Ascom), divulga, durante este mês de julho, informações sobre as hepatites viarais. No texto abaixo, você conhece um pouco mais sobre a prevenção dessas doenças no atendimento odontológico.

O que é hepatite?

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite é uma doença viral e um grave problema de saúde pública no mundo todo. A doença ocorre por meio da transmissão de um vírus que provoca uma inflamação no fígado por causas diversas, sendo as mais parigosas as infecções pelos vírus B e C. É uma doença por vezes grave e pode não apresentar sintomas, por esse motivo, muitas pessoas não sabem que estão infectadas e alguns só terão o diagnóstico de hepatite viral quando já têm complicações mais severas, como cirrose ou até mesmo câncer de fígado (hepatocarcinoma). As Hepatites Virais podem causar alterações leves, moderadas ou graves.

Quais os sintomas mais comuns nas hepatites virais?

-    Icterícia (o sintoma mais característico, ocorre a coloração amarelada da pele, olhos e mucosas);
-    Cansaço;
-    Febre;
-    Mal-estar;
-    Enjoo;
-    Dor abdominal;
-    Pele e olhos amarelados;
-    Tontura;
-    Urina escurecida;
-    Fezes claras;
-    Entre outros.

Quais as principais alterações da doença na cavidade oral?

 - Icterícia nas mucosas (mucosa amarelada);
 - Equimoses, hematomas, petéquias palatais (pequenos pontos vermelhos) e varizes linguais, que são   em decorrência dos distúrbios de coagulação;
 - A prevalência e a severidade de doença periodontal e de lesões de cárie são elevadas;
 - Outras manifestações podem também ser observadas em virtude do uso de medicamentos específicos para o tratamento desta condição, a exemplo da hipossalivação, xerostomia (boca seca), glossite atrófica (língua careca - sem rugosidades), infecções oportunistas e língua despapilada.

Pode ocorrer a transmissão da doença durante consultas odontológicas?

Existe a possibilidade de transmissão das hepatites B e C, durante procedimentos odontológicos invasivos, como: extrações dentárias, cirurgias orais maiores e menores; e, acidentes perfuro-cortantes. Por esse motivo, é importante que os consultórios, clínicas odontológicas e unidades de saúde, sigam diretrizes rígidas de controle de infecções para evitar a propagação desses vírus.

Devido aos riscos de infecção, medidas de biossegurança como a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e cuidados ao manipular equipamentos pontiagudos e/ou perfurocortantes que tenham contato com material biológico, devem ser utilizados como prevenção da infecção cruzada e para diminuir os riscos de acidentes com exposição de material biológico.

Quais são as medidas de prevenção contra as hepatites virais (B e C)?

- Fazer uso de preservativos nas relações sexuais,
- Evitar compartilhar objetos pessoais cortantes contaminados;
- Além destas medidas preventivas, podemos fazer uso da vacina contra hepatite B.

A hepatite C, por não ter vacina, é a mais severa entre os vírus, com 80% de chance de se tornar crônica após ser contraída, mas tem tratamento e cura.

É importante que o paciente tenha uma comunicação aberta com os profissionais de saúde, a fim de poder ajudar no seu tratamento.

Como a hepatite costuma ser assintomática, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento efetivo são fundamentais para o controle das hepatites virais.
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Texto: Diretoria de Saúde 
Imagem: Freepick