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A oficina debateu a igualdade de gênero e raça, a Lei Maria da Penha e a saúde da mulher
Com o objetivo de contribuir para a reinserção de mulheres reeducandas do regime aberto e livramento condicional, o Memorial da Justiça do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) promoveu na última quarta-feira (18/3) a oficina "Caminhos que libertam". O evento contou com a parceria do Patronato Penitenciário de Pernambuco, da Secretaria da Mulher da Prefeitura do Recife e da Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco e teve como público 50 reeducandas integrantes do sistema Prisional do Estado. A oficina debateu a igualdade de gênero e raça, a Lei Maria da Penha e a saúde da mulher.
De acordo com a coordenadora do Núcleo Educativo do Memorial da Justiça, Gabriela Severien, o evento possuiu a finalidade de favorecer a ressocioalização e a reinserção das reeducandas na sociedade, através da obtenção de informações e conhecimentos sobre raça, gênero e cidadania. "O Núcleo Educativo do Memorial sempre se mobiliza para acolher as reeducandas. Esta é a 2ª edição do evento", disse.
Segundo a secretária da Mulher do Recife, Elizabete Godinho, eventos desta natureza proporcionam a discussão de temas como mercado de trabalho, garantia dos direitos, escolaridade e combate à discriminação. "O nosso objetivo é que elas se reconheçam como mulheres detentoras de direito, que se vejam como cidadãs. Este evento traduz a ação de vários órgãos, cujas atividades são direcionadas a uma parcela da sociedade bastante vulnerável, as mulheres."
Para a reeducanda de livramento condicional Carla Cristina, a ação do Memorial da Justiça mostra que a ação do Judiciário vai além do que ela pensava. "Vemos como o Memorial da Justiça desenvolve ações para possibilitar o conhecimento da cultura pernambucana e de pessoas importantes do Estado. A gente vê que a atuação da Justiça não termina nos julgamentos ou nas prisões."
A representante da Superintendência do Patronato Penitenciário de Pernambuco, Rafaela Oliveira, afirmou que o órgão possui um olhar mais cuidadoso com as mulheres e atua para que a sociedade as respeite como cidadãs. Já a coordenadora da Política de Saúde da População Negra da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife, Sony Santos, explicou que a oficina permitiu a conversa com tranquilidade sobre discriminação e emprego e renda.
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Texto e foto: Ruan Samarone | Ascom TJPE