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Atletas do TJPE: amor pelo esporte supera adversidades

Terceirizados do TJPE também são atletas

Terceirizados do TJPE também são atletas

O Poder Judiciário é uma instituição formada por diversos servidores, magistrados, voluntários, estagiários e prestadores de serviço. No meio desses vários funcionários do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), três personagens se destacam por, além de se dedicarem à profissão, possuem importante ligação com a vida de atleta.

Wagner de Azevedo Rocha, Zózimo Ferreira da Silva e José Henrique Coelho da Silva são funcionários terceirizados e também maratonista, capoeirista e carateca respectivamente. Competidores e professores assíduos de seus esportes, os três contam com alegria e orgulho suas histórias, conquistas e objetivos.

Confira as histórias de Wagner, Zózimo e José, três prestadores de serviço do TJPE: 

Wagner de Azevedo Rocha pratica atletismo e participou de primeira maratona

Wagner de Azevedo Rocha pratica atletismo e participou de sua primeira maratona

Aos 51 anos de idade, Wagner de Azevedo Rocha é assistente administrativo terceirizado da empresa CriArt lotado na Assessoria Especial da Presidência. Ele já compete em diversas corridas e, em 2019, participou de uma maratona profissional em Portugal, a primeira da vida dele. Wagner começou a correr há aproximadamente seis anos, quando viu uma propaganda de uma corrida solidária de 5km e decidiu participar. Desde então, ele treina três vezes por semana, correndo o percurso do trabalho para casa, chegando a percorrer até 100 quilômetros por semana.

“Sempre treinei corrida durante a semana para, no domingo, ter uma aptidão física boa para jogar futebol”, comenta Wagner Rocha. Hoje, ele afirma que as corridas de 5 quilômetros que fazia no começo eram pouco para ele. “Fiz duas corridas, a terceira e a quarta. Depois passei para 10 quilômetros, porque vi que a de 5 quilômetros estava pouco para mim. Aí eu comecei a aumentar minhas quilometragens, porque eu sempre fui um cara competitivo, eu sempre corri para melhorar meu ritmo”, reforça.

Com um relógio especial para corridas e tênis que ele ganhou de presente da Associação dos Cônjunges dos Magistrados do Estado de Pernambuco (Acmepe), Wagner Rocha segue com as competições. Ele tem obtido boas colocações, tanto no geral quanto na sua faixa etária, com o objetivo de melhorar o desempenho. Com a posição 290º na faixa etária e 2364º na geral, entre mais de 15 mil participantes na Maratona de Porto, ele busca ir para a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, a mais famosa do mundo.

Zózimo Ferreira da Silva é capoeirista e integra um projeto social

Zózimo Ferreira da Silva é capoeirista e integra um projeto social

Também assistente administrativo da CriArt, só que na Assessoria de Comunicação do TJPE no Fórum Thomas de Aquino, Zózimo Ferreira da Silva, de 44 anos, dá aulas de capoeira para crianças na Academia da Saúde do bairro de Jardim Maranguape, na cidade do Paulista. “Decidi trabalhar com crianças, para que elas tivessem um espaço só para elas desenvolverem a capoeira”, explica.

Criado por Zózimo da Silva em fevereiro de 2019, o projeto Ubuntu Capoeira Angola desenvolve a prática da capoeira como uma ferramenta de paz, de cultura e de esporte. Além das próprias aulas, ele promove passeios itinerantes com a turma para museus em uma troca de conhecimento secular e capoeira.

Depois de um dia de trabalho, o que deixa Zózimo da Silva mais feliz nas aulas à noite é vivenciar a alegria dos alunos. “Ver o sorriso de cada criança, quando elas conseguem fazer simples movimentos de capoeira, que eles acham que nunca conseguiriam fazer, é gratificante. Com treino e com tempo, eles conseguem desenvolver”, destaca.

Ele descobriu a capoeira aos 12 anos de idade, quando dois amigos o chamaram para conhecer uma aula em uma escola. Desde então, ele tem uma relação muito forte com a capoeira e deseja repassar para os alunos. “O capoeirista se torna um agente multiplicador de consciência social, de política e de família. Esses conceitos de valores estão dentro da capoeira. As pessoas não têm esse entendimento sobre a capoeira, veem só a movimentação, jogando perna, a dança e a luta, mas a capoeira é muito mais que isso”, atenta. O objetivo de Zózimo da Silva é levar capoeira para pessoas que não teriam condições de pagar financeiramente para ter aulas, afinal, ele não cobra nada dos alunos, além de boas notas, disciplina e respeito.

José Henrique Coelho da Silva é carateca e também integra um projeto social

José Henrique Coelho da Silva é carateca e também integra um projeto social

Campeão nacional de caratê, José Henrique Coelho da Silva, de 41 anos de idade, é funcionário da empresa Liderança e dá aulas de caratê para crianças no Morro da Conceição, no Recife. O Godzilla, como José é apelidado pelos amigos durantes as competições, conheceu o esporte, quando era menor através de um primo que o levou para uma aula, aos 15 anos. “Eu gostei e fui adiante. Minha mãe dizia ‘não vai, não, porque, se você chegar apanhado, vai apanhar de novo de mim’”, lembra de forma humorada. Mesmo assim José da Silva não desistiu e hoje é faixa preta e reconhecido nacionalmente.

Os treinamentos e as aulas de José Henrique da Silva se estendem no horário da noite as segundas, quartas e sextas-feiras. Os frutos de todo esse treino foram diversas medalhas em competições estaduais, além do Campeonato Nacional de Caratê, em que José ficou em primeiro lugar na equipe de kata, segundo colocado em kumite, segundo na luta individual e terceiro colocado em kata individual. Além de competir, José da Silva tem um projeto no bairro de Água Fria, no Recife, onde dá aulas de caratê para crianças. Os treinamentos envolvem luta, defesa pessoal, como se movimentar e todos os princípios do caratê.

As competições que José da Silva participa o motivam a seguir no esporte, bem como o apoio das pessoas que o incentivam, independente das dificuldades financeiras, para se manter nas competições. Além disso, dar aulas o enche de energia e esperança por saber que as crianças ocupam a mente, se tornam mais disciplinadas e podem se defender graças, bem como atingir resultados positivos na vida e nas competições.

Wagner, Zózimo e José trabalham no Tribunal

Wagner, Zózimo e José trabalham no Tribunal

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Texto: Marcelo Dettogni | Ascom TJPE
Edição: Francisco Shimada | Ascom TJPE
Fotos: Captação de imagem de vídeo – Cacoete Produções