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Acusado de matar criança em Glória do Goitá é condenado a 25 anos e meio de prisão

Adriano Batista dos Anjos foi condenado, nesta quarta-feira (30/11), a 25 anos e seis meses de prisão pela morte de um garoto de 8 anos de idade, em Glória do Goitá, Zona da Mata Norte do Estado. O réu recebeu a pena pelos crimes de homicídio triplamente qualificado – quando é cometido por motivo torpe, com uso de meio cruel e recurso que impossibilitou de defesa da vítima –, além de ocultação de cadáver.

O júri popular, presidido pelo juiz Lauro Pedro dos Santos, da Vara Única da Comarca, foi composto por duas mulheres e cinco homens e teve início por volta das 9h, na Câmara de Vereadores do município. O local precisou ser isolado devido à comoção causada e o grande número de moradores que quiseram acompanhar o julgamento.

O réu havia confessado o crime anteriormente na delegacia e não quis se manifestar durante o júri. Na sessão, foram apresentadas as mídias com depoimentos gravados nas audiências de instrução. Após a decretação da sentença, que aconteceu por volta das 15h30, Adriano Batista dos Anjos foi reconduzido à Penitenciária de Limoeiro, onde estava preso desde a ocasião do assassinato. 

Crime – O fato ocorreu em 7 de junho de 2015, quando Adriano matou a criança com vários golpes de faca e ocultou o corpo dentro de uma cisterna na casa onde morava, no distrito de Apoti. De acordo com a denúncia, o autor do crime – irmão do padrasto da vítima – cometeu o homicídio por motivo de vingança.  Após uma discussão com o padrasto, teria ido à casa da família para assassiná-lo, porém, como o alvo não estava, ele decidiu esfaquear o garoto.

Mês Nacional do Júri – O julgamento aconteceu no último dia de realização do Mês Nacional do Júri, mobilização nacional voltada a julgar processos de crimes dolosos contra a vida. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) agendou 710 julgamentos durante todo o mês de novembro, incluindo crimes que envolvem violência contra a mulher, crimes praticados dentro ou nos arredores de bares e casas noturnas, além dos que foram praticados por policiais. A iniciativa é dos órgãos integrantes da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público e Ministério da Justiça, com o apoio dos tribunais.
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Texto: Amanda Machado | Ascom TJPE