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Projeto de acessibilidade do Memorial da Justiça financiado pelo Funcultura entra em execução

 
Equipe do Memorial iniciou a execução do projeto em reunião com a arquiteta Lydia Dutra e representantes da empresa de produção cultural Tamgram, da Proacessi Consultoria e da Eduardo Sobral Arquitetura em Maquetes
 
 
O projeto "Do Concreto ao Sensorial", que se propõe a tornar o patrimônio cultural arquitetônico do Memorial da Justiça de Pernambuco acessível a pessoas com deficiência, entra em sua etapa de pré-produção. O projeto foi aprovado com base no 8º Edital do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) 2014/2015 e a liberação do financiamento de R$ 97 mil ocorreu no último mês de abril. 
 
A proposta do projeto é construir e disponibilizar maquetes táteis do Memorial com a finalidade de tornar o prédio histórico acessível a deficientes visuais, permitindo que essas pessoas visitem e usufruam do espaço de maneira segura e autônoma. Essas maquetes também facilitarão o acesso de pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA) ao centro de memória do Tribunal, que abriga um museu, um arquivo de documentação histórica e uma biblioteca.
 
Esse projeto pioneiro foi concebido pela equipe do Memorial, que vem dando ênfase à questão da acessibilidade; pela empresa de produção cultural Tamgram, cuja diretora, Germana Pereira, faz a coordenação geral; e pela Proacessi Consultoria, que tem à frente o consultor em acessibilidade Manuel Aguiar. 
 
No último dia 4 de maio, as equipes do Memorial, da Tangram e da Eduardo Sobral Arquitetura em Maquetes reuniram-se com Aguiar e com a arquiteta Lydia Dutra para discutir o início da execução do projeto. 
 
Esta etapa de pré-produção envolve a construção das maquetes, a preparação dos folders em Braile que irão acompanhá-las e a capacitação da equipe encarregada de manejar as maquetes e receber as pessoas com necessidades específicas. As três maquetes – exterior do prédio e plantas baixas dos dois pavimentos – estarão prontas em 60 dias. A elaboração dos textos já está em andamento e a capacitação deve acontecer em julho. Assim, exposições e visitas mediadas poderão ter início no próximo mês de agosto. 
 
"Sou militante do movimento das pessoas com necessidades específicas há 45 anos e estou feliz de estar participando deste projeto", disse Manuel Aguiar. "Ele tem não só um caráter de acessibilidade, mas um efeito pedagógico multiplicador." Segundo Aguiar, esse efeito se verificará não só em relação a outros equipamentos culturais, que poderão seguir o exemplo, mas também em relação ao público que, visitando o Memorial, vai conhecer as maquetes e sua finalidade. "A criançada vai se acostumando com essa atitude de inclusão." 
 
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Texto e foto: Anna Santoro | Memorial da Justiça do TJPE