O julgamento realizado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital abre a Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa em Pernambuco nesta segunda-feira (9/3). Durante a mobilização, que acontece até o dia 13, mais de duas mil audiências devem acontecer em todo o Estado. A partir das 9h, no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, o réu Ednaldo Francisco da Silva será julgado pela tentativa de homicídio, mediante disparos de arma de fogo, de sua ex-esposa, Marília Ribeiro de Barros. A sessão será conduzida pela juíza Ana Cristina de Freitas Mota.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco, o crime ocorreu no dia 7 de setembro de 2013, no bairro de Areias. Consta ainda na denúncia que o acusado e a vítima estavam separados havia sete meses, embora o mesmo ainda nutrisse bastante ciúme de sua ex-esposa. Insatisfeito com o fato de que a vítima estava em outro relacionamento, Ednaldo dirigiu-se até a casa de Marília e encostou uma arma de fogo na sua cabeça, chegando a puxar o gatilho, que falhou, ocasião em que a vítima conseguiu correr, sendo atingida por um tiro de raspão na região do braço.

 

Mobilização - A Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa é coordenada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha. A ação tem como objetivo o combate à violência contra a mulher.

 

Além dos processos com o tema da violência doméstica contra a mulher priorizados para o julgamento nas varas do Tribunal do Júri do Estado, o TJPE adotou outras medidas para integrar o calendário de atividades voltadas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. O Judiciário manterá, durante toda a semana, uma Vara de Violência Doméstica Itinerante, que funcionará ao lado da delegacia móvel da Secretaria de Defesa Social, em Jaboatão dos Guararapes, município escolhido pelos altos índices de violência.

 

A Vara da Mulher Itinerante estará na Casa da Cultura, na Praça Nossa Senhora do Rosário, nº 670, no Centro, das 8h às 18h. Uma equipe interinstitucional composta por juízes, promotores, defensores, delegados, assistentes sociais, psicólogos e oficiais de justiça atenderá mulheres em busca de orientação e apoio sobre a Lei Maria da Penha.

 

 

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Rebeka Maciel | Ascom TJPE