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Palácio da Justiça: um século da pedra fundamental



  
Nesta terça-feira (02/7) a bela sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nominado como Palácio da Justiça, comemora um século de instalação de sua pedra fundamental, em área que fica em frente à Praça da República, no bairro de Santo Antônio.

Conforme conta a historiadora e gerente do Memorial da Justiça do TJPE, Cristhiane Raposo, foi há exatos 100 anos que o governador de Pernambuco na época, o então juiz Sérgio Loreto, lançou a pedra fundamental de construção do Palácio da Justiça em comemoração ao primeiro centenário da Confederação do Equador. 

De acordo com a especialista, “a efeméride foi marco dessa importante cerimônia amplamente coberta pela imprensa local, vinculada às comemorações do centenário do movimento revolucionário de 1824, que teve início em Pernambuco e visava à instalação da República no Brasil, que foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na prisão e morte de Frei Caneca, um dos líderes do movimento”.

A construção do Palácio da Justiça, com seis pavimentos e de arquitetura neoclássica, foi finalizada no governo de Estácio de Albuquerque Coimbra, na data de 07 de setembro de 1930. Naquela altura, o prédio se encontrava devidamente mobiliado e decorado. À época, o presidente do Tribunal de Justiça era o desembargador Belarmino César Gondim.

Para a obra do novo prédio foi escolhido o projeto de autoria do arquiteto italiano Giacomo Palumbo, formado pela Escola de Belas Artes de Paris, em colaboração com Evaristo de Sá. Um dos locais mais belos da edificação é o icônico Salão Nobre, localizado no segundo pavimento do prédio. Suas paredes, piso e mobiliário contam com um rico acabamento, enriquecido por forro decorado, tocheiros, arandelas e lustres do mais fino Baccarat. O luxuoso mobiliário foi projetado pelo arquiteto M. Noziéres.

História - O local onde se localiza o Palácio da Justiça, no centro do Recife, está intimamente ligado à história do Estado. A área onde ele foi construído pertenceu ao Palácio Vriburgh ou Friburgh, que também pode ser grafado Vryburg e que significa "Alcançar a Liberdade".

Ali estava o Palácio dos Despachos de Maurício de Nassau, Palácio das Torres, na ilha de Antônio Vaz, nas imediações do Forte Ernesto. Com a expulsão dos holandeses, em 1654, foi desativado o Forte Ernesto e restabelecido o Convento de Santo Antônio, que hoje se encontra à esquerda da lateral do Palácio da Justiça, com entrada pela Rua do Imperador D. Pedro II. Para saber mais sobre a sede do TJPE, o Palácio da Justiça, clique AQUI.

Visitação - A visitação ao Palácio da Justiça é aberta ao público e funciona como uma iniciativa que busca a humanização da Justiça, além de manter as portas do Judiciário sempre abertas à população. As visitas podem ser agendadas através do Memorial da Justiça, que desenvolve o trabalho de mediação entre os participantes. Para agendar as visitas, basta acessar o seguinte link.

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Texto: Izabela Raposo | Ascom TJPE 
Foto: Assis Lima | Ascom TJPE