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Justiça pela Paz em Casa: Vara da Mulher do Cabo de Santo Agostinho realiza eventos em parceria com instituições de ensino

Sala de aula com um grupo de pessoas ensinando e alunos nas carteiras

Palestra com o tema da violência doméstica para estudantes da Escola Municipal Domingos de Albuquerque

A Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (VVDFM) do Cabo de Santo Agostinho, realizou duas ações educativas com foco na programação da 19ª Semana da Justiça pela Paz em Casa. O evento, que abrange o Judiciário nacional, e é promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), teve início na última segunda-feira (22/11), e seguiu até esta sexta-feira (26/11).

Uma das iniciativas da VVDFM do Cabo de Santo Agostinho foi a realização de uma palestra online, na manhã da última terça-feira (23/11). Com o tema Violência contra a mulher e os avanços da Lei Maria da Penha, a palestra foi ministrada pelo psicólogo da unidade judiciária, Mozart Amorim, e contou com a participação de alunas e alunos do curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas (ESUDA).

No momento da palestra, também foram apresentados dados estatísticos acerca dos atendimentos realizados pela VVDFM do Cabo de Santo Agostinho, que fazem parte do projeto Audiência de Acolhimento, desenvolvido desde o ano de 2015 na unidade, e que tem como foco o atendimento psicossocial de todas as vítimas que possuem processo na referida vara.

O segundo evento foi realizado na quarta-feira (24/11), na cidade de Ipojuca. Tendo como público-alvo estudantes da Escola Municipal Domingos de Albuquerque, a equipe da Vara da Mulher do Cabo de Santo Agostinho promoveu a ação presencial Justiça em movimento: parcerias pela paz em casa no combate à violência contra a mulher. Na ocasião, foi efetuada palestra abrangendo o tema da violência doméstica contra a mulher, ministrada pela psicóloga Alina Eucaris e pelo assistente social Joaquim Pradines. Também participaram do evento a representante da Secretaria da Mulher do Município de Ipojuca, Suely Madeira; e da Patrulha Municipal da Maria da Penha, comandante Marina Sacramento.

Para o juiz da Vara da Mulher do Cabo de Santo Agostinho, Francisco Tojal, o compromisso institucional do Judiciário no enfrentamento à violência doméstica vai além do mero julgamento de processos. "O machismo e o sexismo são as principais causas desses tipos de violações e, por isso, é também nosso dever combater esses males por meio de ações institucionais que promovam a Educação em Direitos Humanos! Afinal, precisamos incentivar medidas de prevenção à violência contra as mulheres para que possamos viver em uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seres humanos", pontua o magistrado.

O psicólogo Mozart Amorim também destaca o esforço da unidade judiciária em promover eventos que contemplem parcerias entre o Poder Judiciário e instituições de ensino. “A nossa equipe vem fazendo eventos que abarquem instituições de ensino, uma vez que os professores são os principais propagadores de opinião, e os alunos, de quaisquer níveis escolares ou acadêmicos, são o público alvo no qual acreditamos ser possível a mudança de mentalidade acerca dessa cultura machista e patriarcal em que vivemos, e que é o foco motriz de nossas desigualdades sociais”, observa Mozart Amorim.

Composição da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Cabo de Santo Agostinho

A Vara da Mulher do Cabo de Santo Agostinho tem à sua frente os juízes Álvaro Mariano e Francisco Tojal. A equipe da unidade judiciária é composta pelo chefe de secretaria Erondo Paulo, pelas servidoras Talyta Brito e Tereza Nóbrega, e pelo servidor Benjamim Brito Melo. Fazem parte do núcleo multidisciplinar os psicólogos Mozart Amorim e Aline Eucaris e o assistente social Joaquim Pradines; e atuam como assessores do magistrado Hérika Veras Oliveira e Paulo Coelho.

Semana pela Paz em Casa - O evento nacional promovido pelo CNJ está em sua 19ª edição, e tem como objetivo ampliar a efetividade na aplicação da Lei Maria da Penha e agilizar o andamento de processos sobre violência de gênero no Judiciário brasileiro.
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Texto: Micarla Xavier | Ascom TJPE
Foto: Cortesia