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Coordenadoria da Infância e Juventude promove primeiro encontro do programa Pernambuco que Acolhe

 
        A abertura foi realizada pelo coordenador da Infância e Juventude, desembargador Luiz Carlos Figueirêdo
 
A Coordenadoria da Infância e Juventude do Estado (CIJ), através da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja/PE), realizou, nesta sexta-feira (16/9), o primeiro encontro do Programa de Apadrinhamento Pernambuco que Acolhe. A iniciativa busca fortalecer em todo o Estado a experiência de apadrinhamento de crianças e adolescentes que permanecem nas instituições de acolhimento com poucas perspectivas de serem reintegrados em sua família de origem ou colocados em família substituta, possibilitando, assim, a construção de ligações externas e uma maior vivência na sociedade, através de apoio afetivo, material ou profissional.
 
O evento aconteceu no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica), no bairro da Boa Vista. A abertura foi realizada pelo coordenador da Infância e Juventude de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos Figueirêdo. "É um programa vital, que já funciona nas grandes cidades, mas as pequenas comarcas ainda não têm. Existem muitas crianças acolhidas e a gente vê que do ponto de vista social há um interesse enorme de participar, de colaborar e dar cidadania a essa criança ou adolescente. Acho que o Judiciário tem que ser o grande indutor desse processo e esse papel estamos cumprindo efetivamente", afirmou.
 
O programa Pernambuco que Acolhe vai ter como foco as comarcas do Estado que não contam com uma ação de apadrinhamento específica voltada às crianças e aos adolescentes acolhidos em instituições. A ação prevê três modalidades de apadrinhamento: o afetivo, o provedor e o profissional. O afetivo tem por objetivo criar vínculos além da instituição, através do compromisso de acompanhar o desenvolvimento do afilhado por meio de visitas, passeios nos fins de semana ou comemorações especiais. O provedor é destinado a custear a qualificação pessoal e profissional dos acolhidos, com escolas, cursos profissionalizantes e práticas de esportes, e pode também ser direcionado a patrocinar melhorias nas condições estruturais das instituições de acolhimento. Já o profissional é aquele que vai atender às necessidades institucionais de crianças e adolescentes, por meio da promoção de cursos ou serviços pelo padrinho de acordo com a sua especialidade de trabalho. Poderá ser escolhida mais de uma modalidade de apadrinhamento.
 
Segundo a juíza Hélia Viegas, que atua como supervisora do programa, o encontro teve como finalidade maior apresentar para candidatos a padrinhos e profissionais que trabalham na área da infância e juventude o Pernambuco que Acolhe e os perfis das crianças disponíveis para apadrinhamento. "Neste encontro, reunimos profissionais e candidatos a padrinhos para apresentar o programa e possibilitar a aproximação dessas pessoas. Falamos sobre os perfis das crianças que podem ser apadrinhadas para que isso facilite a vinculação desses padrinhos. Os próximos encontros devem ser direcionados para o público específico", explicou.
 
         O casal Ana Cláudia Santos Godoi e Flávio Silva Giló aproveitou a oportunidade para tirar suas dúvidas
 
O programa foi apresentado pela psicóloga do Ceja Maria Tereza Vieira de Figueiredo e pela pedagoga Priscila Barcellos.  O casal de professores Ana Cláudia Santos Godoi e Flávio Silva Giló aproveitou a oportunidade para tirar suas dúvidas. "Em janeiro deste ano, minha esposa ficou grávida e nós perdemos o bebê. Depois soubemos pelo médico que a gestação poderia ser complicada. Então, quando soubemos do programa pelos veículos de comunicação, tivemos interesse e logo procuramos informações. Queremos ser padrinhos afetivos. Ensinamos em rede pública e temos esse contato com jovens, então despertou nossa vontade de sermos solidários e proporcionar a uma criança ou adolescente essa vivência com uma família. Já nos inscrevemos e agora vamos aguardar", disse Flávio Giló.
 
Cadastro – Para se cadastrar, o padrinho ou madrinha deverá preencher a ficha de inscrição online, disponível no site do TJPE, informando seus dados pessoais ou empresariais, sua localidade e o tipo de apadrinhamento desejado. Após o preenchimento, a Ceja/PE entrará em contato informando o local (comarca), a data e o horário em que ele deverá se apresentar com o restante da documentação necessária para a realização da entrevista.
 
No caso dos apadrinhamentos afetivo e profissional, será feito um estudo psicossocial e pedagógico com os requerentes pela equipe interprofissional da Ceja/PE ou do Juízo referente ao processo da criança ou adolescente a ser apadrinhado. Caso seja necessário, essa equipe poderá, ainda, solicitar documentação complementar e/ou agendar estudo psicossocial e pedagógico na residência dos padrinhos afetivos.
 
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Texto: Rebeka Maciel  |  Ascom TJPE
Fotos: Anderson Freitas | Agência Rodrigo Moreira