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Livro trata assunto de forma lúdica
Aprimorar a experiência da leitura, tornando-a mais envolvente, informativa e inclusiva para crianças. Assim foi pensada a ilustração do livro “A menina do olho de vidro”, feita pelo servidor do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), André Caetano. A obra foi escrita pela ex-estagiária do Núcleo de Adoção e Estudo da Família (NAEF) e esposa de André, Bárbara Abreu, e trata do retinoblastoma, um tipo de câncer de olho, que afeta principalmente crianças de dois a cinco anos de idade. O tumor tem início nas células da retina, fazendo com que essas células se multipliquem de forma desordenada afetando um ou os dois olhos.
André Caetano, que também já ilustrou o livro "A baleia Lalá e seu filhote do coração", explica como pensou nas ilustrações para que elas expressassem as cenas de forma mais atraente, leve e inclusiva. “Utilizei elementos visuais como escolha de cores e representações simbólicas para transmitir as emoções da narração de uma forma que envolvesse as crianças, que estão iniciando no mundo da leitura, e tornar a experiência mais envolvente”, afirma.
De acordo com Bárbara Abreu, a ideia do livro surgiu em 2019 durante um evento literário numa escola do Agreste pernambucano, ao conhecer a mãe da jovem que serviu de inspiração para o livro. “Ela me perguntou se eu possuía alguma obra que abordasse a temática da pessoa com deficiência. Imediatamente, compartilhei minha vontade de explorar a inclusão das pessoas com deficiência visual, em parte motivada pelo fato de ter uma mãe monocular”, explica Bárbara. Ela conta que, neste mesmo dia, conheceu Helena e ficou profundamente tocada e inspirada com a sua história e resiliência.
A obra, que aborda uma história de superação em forma de poesia, é inspirada na vida da jovem que perdeu um dos olhos aos quatro anos de idade após enfrentar o retinoblastoma. O livro também alerta mães e pais sobre os perigos da doença, um câncer silencioso, praticamente sem sintomas e com difícil diagnóstico, além de incentivar o respeito às diferenças e a inclusão social das pessoas com deficiência visual. “O retinoblastoma atinge especialmente crianças pequenas. O diagnóstico tardio pode levar à cegueira total ou à morte. Informações como essas podem salvar muitas vidas. O livro também trabalha temas como a inclusão, superação, sentimentos, diversidade, representatividade e o respeito às diferenças”, afirma.
Com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma, em 2012, através da Lei 12.637, instituiu o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, celebrado em 18 de setembro.
O livro A menina do olho de vidro pode ser comprado no site da editora Autografia, na página do instagram da autora @autorabárbaraabreu e nos sites Amazon, Americanas.com, Shoptime e Submarino.
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Texto: Cláudia Franco | Ascom TJPE
Foto: Cortesia