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Março Lilás: saiba mais sobre o câncer de colo uterino

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No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, sendo o primeiro mais incidente na região Norte e o segundo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. A mortalidade por câncer em mulheres, em 2020, ocupou o terceiro lugar no país.

O câncer do colo do útero é considerado uma infecção sexualmente transmissível, uma vez que é secundário a infecção por HPV. Além da infecção pelo HPV, outros fatores de risco são: imunossupressão (por exemplo HIV/Aids), tabagismo, precocidade de início de vida sexual, múltiplos parceiros sexuais, entre outras.

No entanto, antes da instalação do câncer, surgem lesões pré-cancerígenas, que podem ser identificadas precocemente nos exames preventivos, reforçando a importância na realização periódica destes exames.

Segundo o Ministério da Saúde, o rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras deve ser feito através do exame citopatológico (citologia oncótica uterina).

Seguem as recomendações de realização do rastreio:

- O início das coletas deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual;

- O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual;

- Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos;

- Uma outra recomendação seria a realização do teste molecular para HPV de alto risco (PCR) a cada 5 anos.

Além do protocolo de rastreio com exames citopatológicos, a vacinação contra o HPV é uma importante estratégia para redução dos casos de câncer ano-genital em mulheres e homens a longo prazo.

A vacina quadrivalente, disponível no serviço público, protege contra os HPVs de baixo risco, tipos 6 e 11, que causam verrugas ano genitais, e de alto risco tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino, anal e oral. O esquema vacinal recomendado é de 2 (duas) doses, abrangendo meninos e meninas dos 9 a 14 anos.

A vacina de HPV quadrivalente também é recomendada para grupos específicos de pacientes imunossuprimidos, e está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e nas unidades básicas de saúde.

A vacina nonavalente, já disponível no serviço privado brasileiro, protege contra os HPVs de baixo risco, os tipos 6 e 11 e contra os de alto risco (16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58), estando indicada para mulheres e homens com idade entre de 9 a 45 anos.

Previna-se contra o câncer de colo uterino. Se você tem indicação de tomar a vacina contra o HPV, mantenha seu calendário vacinal atualizado. E não se esqueça de consultar-se regularmente com o ginecologista e realizar os exames preventivos solicitados.

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Texto: Diretoria de Saúde | TJPE
Colaboração: Dra. Araiz Cajueiro | Analista Médica Ginecologista da Diretoria de Saúde
Imagem: Núcleo de Publicidade e Design | Ascom TJPE