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1ª VVDFM promove roda de diálogo sobre enfrentamento à violência contra as mulheres para funcionários terceirizados do TJPE
A 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Recife (1ª VVDFM) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realizou, na manhã desta sexta-feira (30/8), uma roda de diálogo com o tema "Homens pelo enfrentamento à Violência contra as Mulheres". O evento, realizado no Salão de reunião da Diretoria do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, teve como público-alvo os funcionários terceirizados da instituição, e faz parte da programação do Poder Judiciário em relação à 27ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, período que marca a Campanha Agosto Lilás - voltada ao enfrentamento da violência contra as mulheres e pelo feminicídio zero - e os 18 anos da sanção da Lei Maria da Penha.
O objetivo da iniciativa, efetuada em parceria com a 44ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, foi voltada para a conscientização em prol do combate à violência contra a mulher nas suas mais diversas expressões. No local, esteve presente a titular na 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Recife, juíza Ana Cristina de Freitas Mota, acompanhada da equipe de sua unidade judiciária; e o representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), promotor João Maria Rodrigues, que atua junto à 1ª VVDFM, e foi responsável por ministrar a palestra do evento. Participaram da roda de diálogo 15 servidores terceirizados.
Em sua palestra "Homens pelo enfrentamento à Violência contra as Mulheres", o promotor do MPPE, João Maria Rodrigues, destacou a importância da ação institucional conjunta, que visa incluir os homens como agentes multiplicadores na sociedade na prevenção e repressão da violência contra a mulher.
A palestra "Homens pelo enfrentamento à Violência contra as Mulheres" foi ministrada pelo promotor do MPPE, João Maria Rodrigues
"A finalidade dessa palestra com os homens é trabalhar com eles a possibilidade de desmitificarmos certos tabus que existem em relação à Lei Maria da Penha, como por exemplo, a pergunta "Por que a lei só existe para as mulheres e não para os homens?", e a partir dessa pergunta mostrar a necessidade da Lei Maria da Penha, e falar da diferença que existe de a casa ser um lugar seguro para o homem e não para a mulher, e de os índices de violência contra as mulheres apontarem que esses crimes são mais praticados por seus companheiros ou ex-companheiros - não acontecendo o inverso. Mais de 90% dos crimes praticados contra as mulheres tem os homens como agressores. Então, é muito importante que os homens sejam multiplicadores em divulgar a Lei e, de um modo ou outro, procurar informar para outros homens sobre a relevância de sua vigência. Buscamos aqui tê-los como parceiros na prevenção e repressão da violência contra as mulheres. O valor dessa ação institucional conjunta é enorme porque tem esse olhar para os homens, para assim multiplicarmos entre eles a possibilidade de evitarmos esse tipo de violência", pontuou o promotor de justiça.
Para a titular da 1ª VVDFM, juíza Ana Mota, eventos como essa roda de diálogo nas instituições, tanto públicas quanto privadas, têm muita relevância do ponto de vista social, tendo em conta que a violência contra a mulher é um fenômeno global e está presente na sociedade independente de raça, classe social, nível educacional. "A questão envolve todos e todas e é importante que os homens também tenham conhecimento sobre a prática da violação de direitos das mulheres e, assim, refletirem sobre a sua participação na perpetuação dessa violência, reconhecendo que também são responsáveis pelo seu enfrentamento. Mobilizar os homens é uma medida necessária para proporcionar uma vida sem violências a todas as mulheres e disseminar uma cultura de paz. A participação de todos é essencial para um mundo mais justo e sustentável", destacou a magistrada do TJPE.
Para conferir mais fotos do evento, clique AQUI.
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Texto: Micarla Xavier | Ascom TJPE
Fotos: Ivaldo Reges