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Em compromisso com as práticas sustentáveis, essenciais dentro da administração pública, inclusive por seu caráter pedagógico, o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano e a Escola Judicial (Esmape), do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), contam com uma tecnologia de tratamento e reutilização de água nas dependências do polo judicial, localizado na Ilha Joana Bezerra. Com essa inovação, o Tribunal consegue economizar aproximadamente 370 mil litros de água mensalmente.
O Projeto de acumulação para o sistema de reuso da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) compacta entrou em operação neste ano e tem como propósito aproveitar as águas tratadas nos prédios do Poder Judiciário na Ilha Joana Bezerra. A água provém dos esgotos sanitários da Esmape e do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, conhecido como Fórum do Recife, e é tratada e destinada à irrigação das áreas verdes do prédio e à limpeza de pisos externos.
O projeto surgiu da dissertação de mestrado do engenheiro civil da Diretoria de Engenharia e Arquitetura (DEA), João Bosco, com o título “Análise do impacto da implementação da tecnologia no reuso de águas residuárias: Estação de tratamento de esgoto, um estudo de caso no Fórum Des. Rodolfo Aureliano”. Ele explica que o projeto foi pensado como uma alternativa sustentável para minimizar o desperdício de água e atender às diretrizes ambientais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como às diretrizes do Plano de Logística Sustentável do TJPE.
“Esse sistema realiza a separação de sólidos, remove as impurezas e promove um tratamento biológico, através de sistema de gradeamento, filtros aeróbios e sistema de desinfecção, resultando em uma água tratada adequada para fins não potáveis”, conta o engenheiro. João Bosco também aponta que essa prática sustentável garante diversas vantagens para além da economia de água. “É importante ressaltar que com esse sistema há a redução do lançamento de efluentes nos corpos d’água, minimização do desperdício de recursos hídricos, redução dos custos com abastecimento e conscientização sobre o uso sustentável da água”.
A ETE foi implantada nos prédios em 2017, mas no ano passado foi executada a manutenção de todo sistema através de limpeza da caixa de retenção de sólidos, esgotamento dos resíduos da caixa vertical de retenção de areia, limpeza dos filtros, instalação de bombas submersas e manutenção nos registros de drenagem.
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Texto: Marcelo Dettogni | Ascom TJPE
Foto: Acervo