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Poder Judiciário destaca a importância da expansão do Acolhimento Familiar


 

Na última sexta-feira (26/4), um evento significativo ocorreu no âmbito da Proteção à Infância e Juventude na cidade do Recife. Na referida data, foi promovida uma reunião promovida pela juíza da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Laura Simões, em conjunto com o Serviço de Acolhimento Familiar do Recife e a Escola de Conselhos de Pernambuco da UFRPE, com o objetivo de disseminar e fortalecer o conceito de Acolhimento Familiar na capital pernambucana.

O Acolhimento Familiar é uma modalidade de cuidado que permite que crianças e adolescentes, que por diversas razões não podem permanecer com suas famílias, sejam acolhidas temporariamente por outras famílias. Esse modelo se destaca por promover um ambiente mais personalizado e afetivo, contrastando com o modelo mais institucionalizado de abrigos.

Durante a reunião, o coordenador institucional da Escola de Conselhos de Pernambuco, o professor Humberto Miranda enfatizou a importância de uma escuta sensível e de uma mudança de mentalidade em relação a essa modalidade de proteção. Na ocasião, ele propôs a elaboração de um projeto pedagógico inovador para ser integrado na matriz curricular dos conselheiros tutelares, visando prepará-los melhor para a importante função.

A viabilidade de um projeto piloto foi discutida com entusiasmo, destacando-se a importância da divulgação, disseminação e compreensão do serviço de Acolhimento Familiar. Esse projeto piloto poderá, a posteriori, ser expandido para outros municípios que já possuem o serviço implementado, ampliando assim o alcance e o impacto positivo da iniciativa. Para tal objetivo, torna-se relevante o Termo de Cooperação entre o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Outro ponto crucial abordado, a médio prazo, foi a criação de um curso para a formação de famílias acolhedoras, bem como a formação continuada, para assegurar a qualidade e a eficácia do serviço prestado. A formação dessas famílias é essencial para garantir que o acolhimento seja realizado de maneira adequada, proporcionando um ambiente seguro e amoroso para as crianças e adolescentes.

Esse encontro ressalta a conexão intrínseca entre o Acolhimento Familiar e os direitos humanos, especialmente no que tange à garantia dos direitos das crianças e adolescentes ao convívio familiar e comunitário. A iniciativa reflete um compromisso com a melhoria contínua dos sistemas de proteção social e com a promoção do bem-estar de jovens em situações de vulnerabilidade. A discussão e as deliberações da reunião representam um passo significativo para a evolução das políticas de proteção à infância e adolescência. Elas demonstram um esforço coletivo para implementar práticas que respeitem a dignidade e os direitos dos jovens enquanto se busca fortalecer os laços familiares e comunitários que são fundamentais para o seu desenvolvimento integral.

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Texto: Redação | Ascom TJPE
Foto: Divulgação