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Justiça Restaurativa: Coordenadoria da Infância e Juventude inicia a realização do 1º Rolê Restaurativo

Foto mostra mulheres reunidas, sentadas em círculo

Círculo de Construção de Paz realizado no auditório da Coordenadoria da Infância e Juventude

 
O Núcleo de Justiça Restaurativa (NJR) da Coordenadoria da Infância e Juventude deu início nesta segunda-feira (20/11) ao 1º Rolê Restaurativo. A iniciativa, que ocorre dentro da Semana da Justiça Restaurativa Nacional, contará com diversas atividades voltadas ao tema até sexta-feira (24/11). A primeira delas foi a promoção do Círculo de Construção de Paz, durante a manhã, no auditório da Coordenadoria da Infância e Juventude, no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica). O evento é voltado para servidores(as), terceirizados(as) e magistrados(as) do TJPE.
 
No Dia da Consciência Negra, celebrado também nesta segunda-feira, as facilitadoras Sandra Alves e Tanany Reis fizeram uma reflexão voltada à temática, no Círculo de Construção de Paz. "O assunto foi abordado por meio de atividades lúdicas envolvendo pinturas, desenhos, contos de autores negros, e a apresentação de personalidades negras que são referência nacional e mundial. Refletimos e ouvimos sobre como a questão do racismo impacta todas as pessoas, seja a que chega para o atendimento na Infância e Juventude, ou as que atuam como servidores e terceirizados aqui dentro. Foi um momento para a escuta das servidoras aqui presentes e de refletirmos sobre os diversos pontos para o olhar que temos sobre a questão", afirmou.
 
De acordo com a definição formal, estabelecida pela Resolução nº225/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “Justiça Restaurativa constitui-se como um conjunto ordenado e sistêmico de princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato, são solucionados de modo estruturado.”
 
"A prática da Justiça Restaurativa já é realizada de forma rotineira no TJPE, assim como em outros Tribunais no país. Rodas de Diálogos como essas acontecem com frequência, principalmente às segundas-feiras, na Coordenadoria da Infância e Juventude. Mas o CNJ, como forma de intensificar e chamar a atenção para a prática, estabeleceu uma semana para a promoção de eventos voltados ao tema. A ideia é que o máximo de ações sobre o assunto sejam realizadas nesse período. A Coordenadoria da Infância e Juventude, então, irá promover essas atividades de forma independente, incentivando, ou em parceria com outros serviços do TJPE, como o Núcleo de Conciliação (Nupemec), o Centro Interdisciplinar de Acompanhamento a Penas e Medidas Alternativas (Capema), e demais serviços do Judiciário estadual pernambucano", explicou a psicóloga da Infância e Juventude, Kátia Assad. Ela também atua como facilitadora e instrutora da Justiça Restaurativa, no TJPE.
 
A gerente do Núcleo de Justiça Restaurativa da Coordenadoria da Infância e Juventude, Hebe Pires, acrescentou que a Infância e Juventude do Judiciário estadual pernambucano foi o setor pioneiro na aplicação da prática no TJPE, iniciando as atividades há oito anos. "Trabalhamos basicamente com jovens e adolescentes. E estamos expandindo nossa experiência para outros setores do Tribunal ao longo desse tempo e agora exercendo o papel de protagonismo para a realização desse evento", salientou.
 
Foto mostra mulheres sentadas em círculo, no chão, em um tapete em forma de labirinto redondo
Participantes de círculo de acolhimento realizado no Fórum Rodolfo Aureliano
 
Tarde - No Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife, integrantes do Tribunal puderam participar do Círculo de Construção de Paz realizado por profissionais do Capema, da Vara de Execução de Penas Alternativas (Vepa). A prática foi conduzida pelas assistentes sociais Liliane Moura, Márcia Barros e Cristina Carvalho. 
 
Por meio de pressupostos dos círculos de construção de paz, foi possível trabalhar alguns questionamentos norteadores da Justiça Restaurativa como “o que cada um tem feito para se conectar com o seu verdadeiro eu”; “a consciência de que seu verdadeiro eu é bom, sábio e poderoso” e uma reflexão sobre a “caminhada que cada um tem traçado para se chegar ao seu verdadeiro eu, sendo buscada a autenticidade e coerência em todos os seus passos”.
 
 
Liliane Moura explica como funciona a dinâmica do círculo de cuidado. “O objetivo é conversar um pouco sobre o que há de bom em cada um de nós e, para isso, trouxemos como recurso um labirinto terapêutico para que as pessoas entrem em contato com o que têm de melhor, refletindo sobre o que fazer para que esses valores estejam sempre vivos dentro de si”, explica.
 
“A gente pretende fazer com que as pessoas se conectem com o que há de melhor em si e com isso possam desenvolver potencialidades, elevar a autoestima e estimular o entendimento de que todos nós temos interesses e temos potencialidades que podemos desenvolver no dia a dia, independente de função e do lugar que ocupamos na sociedade, pois todas as pessoas têm valores a contribuir. É um trabalho que visa também um relaxamento e o estímulo ao autocuidado”, acrescentou a facilitadora da prática, Márcia Barros.
 
A servidora Juliana Simões, que atua como pedagoga na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Igarassu foi uma das participantes. “Quando soube que se tratava de um círculo de cuidados, já conhecendo o trabalho da equipe como eu conheço, sabia que ia encontrar aqui o acolhimento, o cuidado, a receptividade e o carinho que estava precisando. Esses círculos de cuidado eu percebo como um ‘cuidado para quem cuida’, porque na temática de violência contra a mulher a gente atende as mulheres e sofre algum impacto disso. E eu encontro cuidado aqui nesse círculo”, afirmou.
 
Também no período da tarde foi realizado o Círculo de Construção de Paz, com a equipe Interprofissional da Comarca de Moreno, no Fórum Desembargador Agamenon Duarte Lima, com os facilitadores Pedro Rodrigo da Silva e Lilian Maria de Oliveira. 
 
Confira a programação até sexta-feira (24/11):
 
Terça-feira (21/11)
Manhã: Círculo de Construção de Paz - Facilitadora: Maurinubia de Moura - Funase de Caruaru
Local: Cenip Caruaru - Fazenda Alagoinha, Zona Rural- Estrada Carroçável, Sítio Lagoa
dos Porcos, Boa Vista II - ANEXO- Caruaru-PE
Horário: 9h às 12h
Público-alvo: Adolescentes em internação provisória no Cenip Caruaru, facilitadores e
facilitadoras de Justiça Restaurativa do TJPE, integrantes da Vara Regional da Infância e
Juventude da 7ª Circunscrição Judiciária e da Rede de Justiça Restaurativa de Caruaru.
 
Quarta-feira (22/11)
Manhã: Oficina de Comunicação Não-Violenta - Instrutoras do Núcleo de Justiça Restaurativa
da Coordenadoria da Infância e Juventude
Local: Escola Judicial de Pernambuco (Esmape) - Sala Ideias
Horário: 9h às 12h
Público-alvo: Jovens aprendizes lotados no TJPE, na Comarca da Capital.
 
Quinta-feira (23/11)
Manhã: Círculo de Construção de Paz - Facilitadoras: Tarciana Chalegre e Erika Amorim -
Núcleo de Conciliação - Nupemec
Local: Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, Sala de Convívio, 5º andar, Ala Norte.
Horário: 9h às 11h
 
Círculo de Construção de Paz - Facilitadoras: Silvana Calábria e Elizeth Senna -
Coordenadoria Estadual de Família (Cefam)
Local: Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Sala de Reuniões do 1º andar, Ala Sul.
Horário: 9h às 11h
Público-alvo: servidores e servidoras, magistrados e magistradas, terceirizados e terceirizadas do TJPE, integrantes da Rede de Justiça Restaurativa Pernambuco.
 
Tarde: Palestra Comunicação Não-Violenta - Instrutoras do Núcleo de Justiça Restaurativa da
CIJ
Local: Companhia Editora de Pernambuco (Cepe)
Horário: 15h às 16h30
Público-alvo: gestores e gestoras da Cepe
 
Sexta-feira (24/11)
Manhã: Manhã Restaurativa do Projeto Parêia - Núcleo de Justiça Restaurativa da CIJ
Local: Escola Municipal Professor José da Costa Porto
Horário: 9h30 às 11h30
Público-alvo: Comunidade escolar e integrantes da Rede de Justiça Restaurativa Costa
Porto (Ruas e Praças, Escola que Protege, Núcleo de Prevenção à Violência Escolar, Coordenadoria Estadual de Família)
 
Para mais informações:
Núcleo de Justiça Restaurativa da CIJ: (81) 31815990 ou justica.restaurativa@tjpe.jus.br
Capema/Vepa: (81) 3181-0149/0150 ou elizabeth.aguiar@tjpe.jus.br
Nupemec: (81) 3181-0446 ou nupemec@tjpe.jus.br
Cefam: (81) 3181-0450 ou coordenadoria.familia@tjpe.jus.br
Equipe Interprofissional da Comarca de Moreno: (81)3181-9390
 
 
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Texto: Ivone Veloso e Amanda Machado | Ascom TJPE
Fotos: Vitória Viana | Inova Propaganda