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Oficina integra padrinhos do Programa Pernambuco que Acolhe

Padrinhos e equipe do PE que Acolhe em foto oficial

Atividade buscou avaliar o andamento dos apadrinhamentos realizados no Estado pelo TJPE

A Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), realizou a primeira oficina do Programa Pernambuco que Acolhe. O encontro foi realizado, no fim de março, com madrinhas e padrinhos que participam da iniciativa, além de profissionais que trabalham nas instituições de acolhimento das crianças afilhadas. A oficina buscou avaliar o andamento dos apadrinhamentos realizados, melhorar as relações entre os apoiadores e as instituições de acolhimento, além de tornar claras as regras gerais de apadrinhamento. Confira mais fotos no Flickr do Poder Judiciário estadual.
 
A secretária executiva da Ceja e titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, juíza Hélia Viegas, defende que é muito importante a convivência dessas crianças e adolescentes com pessoas que estudam, trabalham, cuidam de uma casa e de filhos, entre outras responsabilidades. “Com isso, se ganha confiança e se internaliza o cotidiano, experimentando uma vivência além do discurso, vendo o dia a dia dessas pessoas”, enfatiza.
 
Na atividade, os participantes puderam relatar suas expectativas, dificuldades e satisfações frente aos apadrinhamentos, e uma dinâmica permitiu trabalhar a confiança e demonstrar os compromissos relacionados à iniciativa. Para finalizar, houve exposição de vídeo com mensagens dos afilhados para os padrinhos, garantindo momentos de muita emoção durante o encontro.
 
Para Maria Tereza Vieira de Figueiredo, psicóloga da Ceja, “a presença dos padrinhos e madrinhas é importante nessa construção socioeducativa, mesmo com o esforço dos profissionais das instituições em realizar um trabalho de qualidade, o acolhimento ocorre em espaços coletivos, com pouca atenção individualizada”.
 
Uma das madrinhas do Programa, a servidora pública Luciana Rodrigues, fala da experiência de participar do Pernambuco que Acolhe. “O Programa é extraordinário. É muito gratificante saber que você pode fazer a diferença na vida de uma criança ou adolescente, inclusive podendo ser uma referência. Podemos modificar, através da convivência, a realidade e o futuro da criança, com apoio, carinho, atenção e oportunizando novas experiências no convívio familiar”, destaca.
 
Programa – A iniciativa do TJPE busca fortalecer, em todo o Estado, a experiência de apadrinhamento de crianças e adolescentes que permanecem nas instituições de acolhimento com poucas perspectivas de serem reintegrados em sua família de origem ou colocados em família substituta. Dessa forma, possibilitam-se a construção de ligações externas e uma maior vivência na sociedade, através de apoio afetivo, material ou profissional.
 
Cadastro – Para se cadastrar, o padrinho ou madrinha deverá preencher a ficha de inscrição online, disponível no site do TJPE, informando seus dados pessoais ou empresariais, sua localidade e o tipo de apadrinhamento desejado. Após o preenchimento, a Ceja/PE entrará em contato informando o local (comarca), a data e o horário em que ele deverá se apresentar com o restante da documentação necessária para a realização da entrevista.
 
No caso dos apadrinhamentos afetivo e profissional, será feito um estudo psicossocial e pedagógico com os requerentes pela equipe interprofissional da Ceja/PE ou do Juízo referente ao processo da criança ou adolescente a ser apadrinhado. Caso seja necessário, essa equipe poderá, ainda, solicitar documentação complementar e/ou agendar estudo psicossocial e pedagógico na residência dos padrinhos afetivos.
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Texto: Amanda Machado | Ascom TJPE
Fotos: Jean Oliveira | Agência Rodrigo Moreira