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Tribunal de Justiça de Pernambuco recebe a iniciativa Movimento Banco Vermelho em ação pioneira no Brasil

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realiza parceria com o Movimento Banco Vermelho para o Brasil, que, nesta quarta-feira (20/12), às 15h, faz a instalação do Banco Vermelho, uma ocupação urbana de combate ao feminicídio, na calçada em frente ao Fórum Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley. O prédio fica na avenida Martins de Barros, 593, bairro de Santo Antônio, no Recife.

Além da instalação externa, serão colocados assentos vermelhos nos espaços da 3ª e da 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, localizados no fórum. Essas unidades são responsáveis pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida, a exemplo dos casos de feminicídio. A ação é uma forma de enfatizar o compromisso do Poder Judiciário e das instituições civis com o combate à violência contra a mulher e incentivar o ato de denúncia pela sociedade.

De acordo com dados presentes no Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, a cada hora, 26 mulheres são vítimas de violência no Brasil. Em 2022, por exemplo, foram registrados 1.437 casos de feminicídio no país, o que reforça a necessidade contínua de ações integradas entre entes civis e públicos e população no enfrentamento do problema e na prevenção de novos casos.

O Banco Vermelho recentemente deixou de ser apenas um movimento e virou um Instituto que tem por objetivo apoiar mulheres, familiares em memória de vítimas e também de ser um incentivo para que as pessoas sentem, pensem sobre o assunto e ajam com relação ao que vivenciam na coletividade. Dessa forma, busca-se, ainda, ampliar os canais de denúncia de violência contra a mulher. Cada banco possui um QR Code que, acionado via celular, direciona para informações sobre a questão no perfil do instituto no Instagram @bancovermelho.

Para a inauguração, que acontece no Dia Internacional da Solidariedade, estarão: o presidente do Tribunal, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo; a coordenadora da Mulher do TJPE, desembargadora Daisy Andrade; o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Paes Barreto; o coordenador Criminal do TJPE, desembargador Mauro Alencar; e o diretor-geral da Escola Judicial (Esmape), desembargador Francisco Bandeira de Mello. Pelo Banco Vermelho, a diretora-geral e a diretora-executiva do Instituto no Brasil, respectivamente, Andrea Rodrigues e Paula Limongi.

Histórico - As iniciativas no Brasil contam com a chancela do Stati Generali Delle Donne, uma coordenação permanente de enfrentamento da violência contra a mulher, que iniciou o projeto em 2016, na Itália. O Movimento Banco Vermelho se expandiu globalmente e conta com instalações em países da Europa e da América Latina.

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Texto: Victória Brito | Ascom TJPE
Imagem: Divulgação