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Psicólogo fala sobre o alcance da harmonia nos relacionamentos interpessoais

Psicólogo, filósofo, teólogo e professor Luiz Schettini FilhoSchettini promoveu uma palestra abordando relações interpessoais, que integra as comemorações dos 195 anos do TJPE

A palestra “Viver e conviver em paz”, com o psicólogo, filósofo, teólogo e professor Luiz Schettini Filho, promovida pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reuniu, na quinta-feira (10/8), o presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo, a presidente da Associação dos Cônjuges dos Magistrados do Estado de Pernambuco (Acmepe), Ismênia Raposo, além de dirigentes e servidores do Poder Judiciário no auditório do Edifício Paula Baptista, no Recife. O evento, promovido em parceria com a Acmepe, integra as comemorações dos 195 anos do TJPE e do Dia dos Pais. Confira mais fotos no álbum do TJ pernambucano no Flickr.

Eles ouviram atentamente o especialista, autor de mais de 20 livros sobre psicologia da educação e relações interpessoais, que, citando Hegel, Sócrates e o padre Antônio Vieira, falou da importância do relacionamento na vida humana, e de uma convivência que convirja sempre para a harmonia e o respeito entre as pessoas. “A criança, quando bebê, conhece apenas o ‘eu’. Ao crescer, ela toma conhecimento do ‘tu’ e do ‘eles’. A partir daí ela se reconhece como pessoa ao reconhecer o outro. O ‘tu’ é que dá sentido à vida”, disse.

Luiz Schettini contou a sua experiência como pai de cinco filhos adotivos os quais ele denomina “filhos da ética, e não da genética”. “Maternidade e paternidade não são funções da sexualidade, e sim, precipuamente, do cuidado” foi um dos seus ensinamentos junto com “é importante amar, e mais importante ainda é expressá-lo. Entretanto, essa expressão tem que alcançar a capacidade de apreensão do outro. Ou seja, devemos priorizar alcançar o outro; ser solidários uns com os outros, pois assim evitamos nos tornar solitários”.

Nesse contexto, o psicólogo repetiu o educador Rubens Alves que declarou que “a palavra só deve ser falada quando é melhor ao silêncio”. Para Schettini, fazer uma boa ação, em detrimento do discurso, do simplesmente dizer, é o que efetivamente educa. “E mesmo no falar, devemos nos preocupar com uma entonação que não agrida o outro, até mesmo quando a mensagem é dura, é difícil”. O especialista também frisou que amar o outro não é concordar sempre com ele ou ela. “O essencial é buscar a harmonia, mas sempre com respeito ao espaço e filosofia de vida diferente da nossa."

Ao final, Luiz Schettini Filho afirmou acreditar que as pessoas nasceram para serem amadas, e não usadas, como comumente está ocorrendo hoje, pois, segundo ele, a lógica da competição está impregnando os relacionamentos afetivos entre elas. “Concluindo, devemos procurar sempre a harmonia entre o que somos, e o que aqueles com quem convivemos realmente são: seres que nasceram para o acolhimento, para o amor”, observou.

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Texto: Izabela Raposo | Ascom TJPE
Revisão: Ivone Veloso |  Ascom TJPE
Fotos: Jair Alves | Agência Rodrigo Moreira