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Projeto Memorial Digital foi contemplado pelo Funcultura com foco na preservação de patrimônio histórico
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Sede do Memorial da Justiça, em frente ao Forte do Brum, no Recife Antigo
O Memorial da Justiça do Poder Judiciário estadual foi selecionado pelo Fundo de Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) com o projeto Memorial Digital. "O projeto se propõe digitalizar processos criminais – que fazem parte do acerco do Memorial e que tramitaram nos anos de 1822 a 1899 na Comarca do Recife – e disponibilizá-los na internet", explica a chefe do Memorial da Justiça, Mônica Pádua. De acordo com a gestora, a escolha do acervo criminal do século XIX resulta da grande procura desse tipo de processo pelo público.
A intenção é que o inventário online seja disponibilizado pelos portais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do Laboratório Liber. A universidade também cederá os equipamentos para digitalização do acervo.
"A execução do projeto não só facilita e expande o acesso aos interessados, já que será veiculado via internet, como também preserva o suporte original dos processos, no caso, o papel. Esses autos já se encontram muito degradados pela ação do tempo e até pelo manuseio constante", explica Mônica Pádua. A previsão é que a verba para a execução do projeto seja creditada ao Memorial no primeiro semestre de 2017.
Fontes de pesquisa acadêmica permanente – Mônica Pádua explica que possibilitar o acesso público a esse importante acervo, possibilita o estudo da relação entre teoria e prática jurídicas no século XIX. "A partir do momento em que o projeto Memorial Digital for realizado, estaremos garantindo à comunidade jurídica e aos demais interessados o acesso contínuo e facilitado a fontes para estudos em História do Direito, Antropologia, Sociologia, no modo de vida pernambucano do século XIX, e em outras áreas."
O resultado do financiamento foi divulgado pela Comissão Deliberativa do Funcultura em 11 de outubro. O concurso tem 16 categorias, e uma delas é Patrimônio, área na qual o Memorial concorreu com foco em documentos, acervos ou bens móveis de Pernambuco. Este é o segundo projeto do Memorial da Justiça que garante financiamento por meio do Funcultura. O primeiro, "Do Concreto ao Sensorial", integra o programa de acessibilidade e inclusão do Memorial da Justiça de Pernambuco.
Além de Mônica Pádua, que atua como pesquisadora e coordenadora técnica, fazem parte da execução do projeto Memorial Digital, a Tangram Cultural Proponente (Produção Executiva); a coordenadora de produção Germana Pereira; a consultora em restauração de documentos históricos Suzana Omena; além de servidores do TJPE que integram a parte técnica.
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Texto: Izabela Raposo | Ascom TJPE
Foto: Assis Lima | Ascom TJPE