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Ativista norte-americano Quentin Walcott visita projeto da Vara de Violência Doméstica e Familiar de Jaboatão

O ativista e educador norte-americano Quentin Walcott, um dos maiores nomes mundiais no tema violência contra a mulher, realizará uma visita na sexta-feira (9/10), a partir das 9h, à Vara de Violência Doméstica e Familiar de Jaboatão dos Guararapes. Walcott veio a convite do Consulado Americano no Recife para conhecer a Oficina de Homens, trabalho contra a violência doméstica desenvolvido pela unidade judiciária no município de Jaboatão.
 
Implantado em fevereiro de 2013, o projeto Oficina de Homens desenvolve atividades direcionadas ao tratamento do homem agressor por meio de grupos de reflexão. As reuniões ocorrem mensalmente e são obrigatórias para os agressores, enquanto seu processo estiver em andamento. Atualmente, 28 homens participam das oficinas. O trabalho é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar formada por magistrada, assistente social e psicóloga.
 
Nos encontros são discutidos temas como relações familiares e de gênero, causas da violência contra a mulher, saúde masculina, questões de alcoolismo, abuso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis. Os assuntos são abordados por meio de recursos audiovisuais, pequenos textos, oficinas e dinâmicas.
 
Segundo a juíza titular da Vara da Violência Doméstica e Familiar de Jaboatão dos Guararapes, Andréa Cartaxo, os resultados conquistados pela iniciativa até o momento são animadores. "Durante esses dois anos do projeto tivemos apenas dois casos de reincidência de violência doméstica entre os participantes. Estamos cumprindo a nossa proposta que é conscientizar o homem sobre os seus atos de violência e o que os levou a essa conduta. Assim, promovemos a cidadania e prevenimos a reincidência", avalia.
 
Perfil – O ativista norte-americano Quentin Walcott é cofundador da ONG Connect, sediada em Nova York. Por meio da organização, ele desenvolveu e implantou um dos poucos programas no mundo que visam transformar homens e meninos em aliados contra todas as formas de violência, recebendo por este trabalho um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU). O educador já levou sua experiência a países como Tailândia, França, Índia e Quênia.
 
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Texto: Ivone Veloso | Ascom TJPE