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Nota de Pesar pelo falecimento do jurista Zeno Augusto Bastos Veloso

Paraense faleceu na quinta-feira (18/03) aos 75 anos vítima de Covid-19

Paraense, homenageado pela Esmape em 2019, faleceu na quinta-feira (18/03) aos 75 anos vítima de Covid-19

A Escola Judicial de Pernambuco (Esmape) manifesta pesar pelo falecimento, na quinta-feira (18/03), do jurista, professor, notário, político e escritor paraense Zeno Augusto Bastos Veloso. “Perdemos, além do excelente e exemplar profissional, um grande amigo do Judiciário pernambucano e nacional. Neste momento de profunda reflexão, nosso desejo é de conforto a familiares e admiradores e descanso a esse ser humano iluminado”, declara o diretor-geral da Esmape, desembargador Adalberto de Oliveira Melo. 

Em 19 de junho de 2019, durante a gestão do desembargador Jones Figueirêdo Alves à frente da Esmape, o jurista Zeno Veloso foi homenageado com a Medalha de Honra ao Mérito Juiz Aluiz Tenório de Brito, maior reconhecimento oferecido pela instituição. Os dois foram parceiros no Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), órgão cofundado e dirigido por Zeno Veloso e onde Jones Figueirêdo atua como presidente da Comissão de Magistrados de Família.

Confira um resumo com a trajetória do jurista Zeno Veloso publicado pelo IBDFAM com informações do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil:

Nascido em 1º de junho de 1945, em Belém (PA), Zeno Veloso começou a carreira como escrevente de cartório 1º Ofício de Notas de Belém do Pará, na década de 1960. Tornou-se tabelião substituto em 1966 e assumiu a serventia titular em 1969, antes mesmo de se formar em Direito. No fim dos anos 1980, participou como assessor da segunda vice-presidência dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte de 1988.

Foi o relator-geral da Constituinte do Pará e, pelo Ministério da Justiça, da Comissão de Juristas designada para redigir a Consolidação de Leis da Famílias e de Sucessões. Também integrou a comissão que voluntariamente assessorou o relator do Código Civil de 2002, o deputado Ricardo Fiuza, na última fase de tramitação na Câmara dos Deputados.

Entre os principais títulos, foi eleito Notório Saber pela Universidade Federal do Pará (UFPA), onde deu aulas de Direito Civil, e Doutor Honoris Causa da Universidade da Amazônia (Unama), em que ministrava Direito Civil e Direito Constitucional Aplicado. Membro fundador do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB-CF), ele também ocupava a cadeira 32 da Academia Notarial Brasileira (ANB).

A biografia "Zeno Veloso: A Trajetória de um Jurista e Professor", foi lançada na coleção Sucesso Paraense, em 2015, como um inventário de sua vida. Em entrevista ao CNB-CF, em 2015, Zeno Veloso avaliou: "A atividade cartorial me abriu tanto espaço no Direito Civil, de Família, das Obrigações, dos Contratos, do Direito das Coisas, que me deu uma base intelectual e científica para trabalhar melhor na atividade doutrinária".

Na ocasião, ele também refletiu: "Acredito que o tabelião de notas é o guardião moral, legal e prático da vontade das partes e sua profissão deve ser exercida com intenso senso de respeito e humildade por seus delegatários, tamanha é a multiplicidade de impactos que provoca na vida da comunidade em que está inserido. O tabelião também é um conselheiro, uma espécie de magistrado".
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Texto: Redação | Ascom Esmape
Foto: Gleber Nova | Ascom Esmape
Ilustração: Vanessa Batista | Ascom Esmape