Magistrados e servidores participam de curso de Design Thikking

Dando início às atividades do Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas (Ideias-TJPE) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), foi realizado, no dia 18 de dezembro, o primeiro curso no Laboratório de Inovação (TJPELabs) na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape).

Durante todo o dia, magistrados e servidores de vários setores do TJPE participaram das oficinas de Design Thikking Experience ministrada pelo consultor de Inovação em Governo da Secretaria de Governo do Estado de São Paulo, Álvaro Gregório; e pela especialista em Neurociência Aplicada ao Consumo e Design Thikking aplicado aos serviços, Gabriela Dourado; e da oficina de Métodos Ágeis ministrada pelo membro do Centro de Tecnologias Educacionais do Senac-RS, Augusto Niche Teixeira.

O magistrado José Faustino Macêdo de Souza Ferreira fez a abertura das oficinas e explicou a motivação dessas capacitações. “A ideia de hoje é semear, plantar sementes de inovação em cada um dos núcleos que estão aqui representados para que amanhã esteja na sua unidade pensando em como fazer o processo produtivo da unidade de forma diferente. Como é que pode inovar, como pode fazer melhor tudo isso com foco no cidadão”, afirmou o juiz José Faustino.

De acordo com Álvaro Gregório, o Design Thikking junto com o design de serviços é uma forma de projetar e desenvolver ideias internas que beneficiem pessoas. Ele tem sempre o foco no usuário do serviço, no funcionário e naquele que obtém o serviço internamente de alguém. “O design sempre fez um foco em quem vai usar aquilo. Nas organizações é criada uma visão de interação que tem dado muito certo para redesenho de serviços”, explicou Álvaro.

Magistrados e servidores durante as oficinas

“Apresentamos uma série de ferramentas, utilizando sempre teoria e prática, e abordamos alguns temas relacionados também ao Judiciário. Sempre pegando problema da realidade da justiça e aplicando a abordagem para que a gente pudesse encontrar soluções possíveis. A ideia foi que a gente conseguisse fazer com que o laboratório abraçasse essa abordagem e que consiga trabalhar com ela daqui para frente", completou Gabriela Dourado.

No período da tarde, Augusto Niche realizou a oficina de Métodos Ágeis, onde promoveu o desenvolvimento de agentes da inovação e empreendedorismo, partindo do pressuposto que que a principal barreira para a inovação é a forma do ser humano pensar. “A gente trabalhou mapeando as competências que as pessoas que estão no Tribunal de Justiça possuem ou precisam desenvolver para contemplar os métodos ágeis e novos modelos de negócios para resolver melhor a vida deles e a vida de outras pessoas”, disse Augusto.

A servidora Gizely Couto, lotada na Coordenadoria da Infância e Juventude, participou das oficinas realizadas e aprovou a criação do Ideias-TJPE e do TJPELAbs. “A implementação de um espaço de criação e inovação poderá oportunizar a construção de mudanças na cultura institucional do TJPE. A Esmape deu um importante passo quando optou por combinar a modernização dos ambientes de trabalho com a oferta de suporte e apoio ao potencial produtivo e criativo dos profissionais”, disse Gizely.

O Ideias-TJPE é o primeiro Instituto do Poder Judiciário estadual do país e foi inspirado nos programas Nesta da Agência de Inovação Reino Unido; MIT Media Lab do Laboratório do Massachusetts Institute of Technology – EUA; e iJuspLab do Laboratório de Inovação da Justiça Federal de São Paulo.  

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Texto: Cláudia Franco
Fotos: Gleber Nova