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A Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), abriu, nesta segunda-feira (4/9) a exposição “Her Rights! Money, Power, Autonomy” ou “Direitos Dela! Dinheiro, Poder, Autonomia” com roda de debates de participação exclusivamente feminina. O evento foi realizado em parceria da Esmape com a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A mostra é da Embaixada da Suécia no Brasil junto com o Instituto Sueco, e chega ao Recife por intermédio do Consulado da Suécia em Recife.

A roda de debates foi aberta pelo desembargador Jorge Américo Pereira de Lira, vice-presidente da Esmape, que deu boas-vindas ao público: “O formato desse evento é informal, para que nossas convidadas possam discorrer sobre temas presentes, fazer um percurso pela história, evolução e conquistas dos direitos femininos. Abordar programas atuais e traçar diagnósticos e prognósticos”, definiu.

A abertura contou com a participação da embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen, que também falou: “O fio condutor dessa exposição é a noção de que a igualdade de gênero não acontecerá espontaneamente: é pelas demandas de ativistas femininas que a mudança ocorre, e é um fator positivo para o crescimento econômico de países, numa relação onde todos saem vitoriosos”, definiu.

A desembargadora Daisy Andrade, coordenadora da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), trouxe dados mostrando alguns motivos que deixam a Suécia à vontade ante o tema. De acordo com números apresentados, do Fórum Econômico Mundial, a Suécia ocupa o primeiro lugar na União Europeia no índice de igualdade de gênero. Ela salientou a repercussão de campanhas também no Brasil: "A importância do papel masculino no combate à violência contra mulher é realçada através de muitas campanhas, dentre elas a campanha do Laço Branco que acontece no mês de novembro e que reforça o compromisso dos homens para coibir essa violência tão nefasta".

Entre palestrantes, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, também advogada, com pós-graduação na Esmape, falou de algumas experiências em sua trajetória, noticiou projetos da Prefeitura do Recife no sentido da igualdade de gêneros e definiu: “Os espaços de poder e os microfones da vida precisam estar também em nossas mãos, para colocar pessoas em grau de igualdade na conquista de sonhos”.

A pedagoga Regina Célia Barbosa, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, destacou impactos que a violência contra a mulher causa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E lembrou: “Nós não reconhecemos ainda o que é equidade e quanto esses movimentos são transformadores. Então, precisamos avançar muito”.

A advogada Simone Aguiar, Chefe de Polícia Civil de Pernambuco, também falou da violência sofrida pelas mulheres, lembrando que as mortes não se dão só no aspecto físicos, mas também psicológico: “São abusos sérios que ocorrem em todas as camadas sociais”.
A arquiteta Camila Tenório, que atua na Esmape, falou de sua atividade, envolvendo o ambiente de obras civis, de maciça maioria masculina e destacou a força do preparo educacional em momentos de crise: “A Educação é uma forma de libertação”, definiu.

A roda de debates foi produzida, apresentada e mediada pela jornalista Mônica Alcântara, também da Esmape, que lembrou tr sido o evento realizado como incentivo na promoção da igualdade de gênero. A secretária-executiva da Esmape, Izabella Pimentel, foi convidada informalmente para integrar os trabalhos e lembrou que é preciso a parceria de mulheres nas mais diversas causas. Na primeira fila, estiveram o juiz Silvio Romero Beltrão, supervisor da Esmape, e o advogado e cônsul da Suécia, Erik Limongi Sial.

Também compareceram ao evento os desembargadores do TJPE André Guimarães, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco; Humberto Vasconcelos, Cândido Saraiva; o desembargador emérito do TJPE Jones Figueiredo; o desembargador Élio Wanderley, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. A plateia também estava repleta de diversas autoridades do TJPE e da Polícia Civil de PE como: as juízas Mariana Vargas, Célia Moraes, Maria Segunda e Iasmina Rocha, além do juiz Gleydson Lima, dentre outros.

Her Rights - A exposição “Her Rights!”, que permanecerá aberta à visitação no hall da Esmape até o dia 4 de outubro, das 8h às 18h, com o objetivo de mostrar a importância do empoderamento feminino, e da independência financeira das mulheres como fator importante para o desenvolvimento sustentável dos países.
A amostra conta com 22 painéis e dois totens mostrando um pouco da cronologia da conquista dos direitos das mulheres no Mundo, com foco na Suécia, uma das lideranças mundiais em igualdade de gênero. O Instituto Sueco, parceiro na mostra, divulga informações sobre a Suécia visando promover intercâmbios com outros países em diversas áreas.

A igualdade de gêneros figura entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, com a finalidade de avançar em direção ao equilíbrio social. E a exposição “Her Rights” é uma contribuição da Embaixada e do Consulado da Suécia nesse sentido.
A mostra foi realizada pela primeira vez em outubro de 2022, em Brasília, na sede do Superior Tribunal de Justiça e na sede do Conselho Nacional de Justiça, em Goiânia, na Universidade Federal do Goiás e em Manaus, na Assembleia Legislativa do Amazonas.

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Texto: Paula Imperiano | Ascom Esmape
Fotos: Gleber Nova