Notícias

Capacitação da Enfam foca no trabalho em equipe

 

Gestão de pessoas tem enfoque nas aulas da Enfam
O juiz precisa gostar de trabalhar com pessoas, enfatiza a juíza Ana Cristina.

 

Oferecer uma formação mais humanística e ética é o objetivo principal das palestras proferidas pelos formadores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), durante esta semana para os novos juízes do Poder Judiciário estadual.

Na manhã desta terça-feira (07/06), o conteúdo do módulo sobre gestão de pessoas teve como instrutora a juíza federal da 1ª Vara de Joaçaba, Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva, também mestra em Direito pela Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e especialista em neurolinguística pela Unleash the Power Within. A capacitação teve cunho prático e foi estruturada para que o juiz possa, efetivamente, desenvolver habilidades para exercer a liderança perante a equipe.

Segundo Ana Cristina, o juiz precisa está próximo de sua equipe, exercendo a empatia e a escuta ativa. "Aquela figura antiga do juiz que ficava isolado da equipe e era o chefe, e não o líder, não atende mais aos tempos atuais", pontua.

"Todos os dias, o juiz enfrenta conflitos que são desafios que fazem parte de sua relação com a equipe, advogados e as partes envolvidas no processo. Afinal, o ser humano é o centro de tudo", defende a juíza Ana Cristiana. E complementa: "O juiz que exerce a liderança servidora e que trabalha numa gestão compartilhada, contribui para que a sociedade receba uma jurisdição mais humana e produtiva".

O eixo humanístico e ético, que vem permeando todas as ações da Enfam, visa a melhoria do clima organizacional dos tribunais, a produtividade e qualidade da prestação jurisdicional. Para Ana Cristina, o juiz é responsável por fazer com que os servidores internalizem a verdadeira missão do Judiciário, que é realizar a justiça. "Na equipe exercemos funções e obedecemos a hierarquias diferentes, mas ninguém é mais do que o outro e os trabalhos se completam. Um juiz sozinho não consegue exercer sua função. Então todos são importantes", explica.

Ouvir a equipe de trabalho, identificar os talentos individuais, respeitar as diferentes habilidades e gostar das pessoas são os principais conselhos dados pela instrutora. "Um líder tem o poder de adoecer a equipe ou de motivá-la. E o que nós, juízes, queremos?", finalizou Ana Cristina Monteiro.

....................................................
Texto: Joseane Duarte
Fotos: Gleber Nova