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Esmape sedia Encontro sobre a Lei Maria da Penha com estudantes de Psicologia da FPS

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Nesta terça-feira (8/10), a Escola Judicial de Pernambuco (Esmape) foi palco de mais uma ação do projeto “Dialogando sobre a Lei Maria da Penha nos Espaços Públicos”. O evento reuniu estudantes do curso de Psicologia da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) para discutir questões relacionadas à violência doméstica e o papel do Poder Judiciário na proteção e acolhimento de vítimas.

A desembargadora Daisy Andrade Pereira, diretora da Coordenadoria da Mulher do TJPE e vice-diretora-geral da Esmape, foi a anfitriã do encontro, acompanhada pelo desembargador Mauro Alencar, gestor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF). Ambos os magistrados compartilharam suas experiências e conhecimentos sobre o trabalho da Coordenadoria e os desafios enfrentados no combate à violência de gênero.


Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes o que é a Coordenadoria da Mulher e seus principais projetos. A Coordenadoria, que atua na proteção dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero, desenvolve ações voltadas à conscientização, acolhimento e apoio jurídico às vítimas, além de iniciativas voltadas para a reeducação de agressores.


Os estudantes também discutiram a importância da psicologia jurídica na condução de casos de violência doméstica e o impacto que profissionais de psicologia têm nas decisões judiciais. A desembargadora Daisy Andrade Pereira destacou o papel essencial desse profissional no contexto do Judiciário:

"E assim a gente vai vendo a importância do profissional da psicologia como suporte nas decisões, porque eles podem identificar situações que são muito relevantes para que elas fortaleçam, direcionem e auxiliem, dando uma diretriz com relação à sentença que será proferida naquele caso”, afirmou a magistrada.

Outro ponto abordado foi o papel dos grupos reflexivos, coordenados pelo Poder Judiciário, que trabalham com homens autores de violência, auxiliando na desconstrução de comportamentos agressivos e promovendo mudanças de atitude.

“Hoje o Poder Judiciário tem como frente também de ação trabalhar grupos reflexivos com homens autores de violência para que eles desconstruam essa prática e caminhem na outra direção”, acrescentou a desembargadora.


Além desses temas, os estudantes conversaram sobre as legislações que envolvem a proteção à mulher, os perigos das fake news em torno da violência de gênero e o funcionamento dos programas voltados para a conscientização e recuperação dos autores de agressão.

O projeto “Dialogando sobre a Lei Maria da Penha nos Espaços Públicos” tem como objetivo principal ampliar a compreensão e o diálogo sobre a aplicação da Lei Maria da Penha, especialmente em ambientes de formação acadêmica, incentivando futuros profissionais a se envolverem na luta pela proteção e promoção dos direitos das mulheres.

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Texto: Pedro Pequeno
Fotos: Gleber Rocha