A aula, no Laboratório de Informática da Esmape

A Escola Judicial de Pernambuco (Esmape) abriu as portas do recém-inaugurado Laboratório de Informática, nesta quarta-feira (12/06), para um curso inovador: "Atividade Judicial com ChatGPT: Perspectivas e Prática". A iniciativa, direcionada aos servidores do judiciário, mostrou o potencial transformador da inteligência artificial na rotina judicial e ensinou como usá-la para impulsionar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados à sociedade.
As 60 vagas disponibilizadas em prazo de dez dias de inscrições pelo site da Esmape foram completamente esgotadas em poucas horas, demonstrando o grande interesse dos servidores em se familiarizar com essa ferramenta. O curso teve como docentes Irving Holanda e Guilherme Carvalheira, ambos servidores do TJPE.


Os docentes Irving Holanda e Guilherme Carvalheira

Inovação
Para o docente Irving Holanda, a rápida ocupação das vagas demonstra o interesse dos servidores em se atualizar e acompanhar as inovações do setor. Ele destacou que o curso representa um passo crucial para a evolução na atividade jurisdicional, impulsionada por ferramentas como o ChatGPT, Claude, Gemini, IA Studio e Co-Pilot: “O curso chega em um momento oportuno. Temos uma mudança significativa na forma como o Direito é exercido, com a utilização da inteligência artificial generativa. Já está caracterizada uma sensível diminuição no tempo de tramitação dos processos”, explicou.
Os instrutores guiaram os servidores pelos meandros das plataformas, desmistificando seus funcionamentos e apresentando exemplos práticos de como a IA pode otimizar processos, agilizar a redação de documentos e aprimorar a execução das atividades. A imersão na ferramenta permitiu aos participantes explorar diferentes funcionalidades, o que inclui a elaboração de minutas de decisões judiciais, apoiadas na tecnologia Generative Pre-trained Transformer (GPT). O curso também promoveu a reflexão sobre o impacto da inteligência artificial no futuro da Justiça, abordando as perspectivas que cercam essa tecnologia e ponderando seus benefícios, desafios e implicações éticas.

Quebrando resistências
O docente Guilherme Carvalheira destacou a importância da oferta do curso neste momento: “Parabéns à gestão da Escola por capacitar os servidores para essa nova tendência que já está se consolidando. A inteligência artificial generativa é capaz de prestar grande auxílio na prática forense e na atividade judicial. O curso é de grande importância também para quebrar algumas resistências que toda mudança traz”.
A iniciativa da Esmape demonstra compromisso em facilitar e buscar o uso de soluções inovadoras que otimizem o sistema judicial. Ao investir na formação dos servidores e na implementação de novas tecnologias, a Escola Judicial de Pernambuco se consolida como referência em vanguarda, impulsionando a modernização do judiciário pernambucano e construindo um futuro mais ágil e eficiente, entregando uma prestação jurisdicional efetiva para todos os jurisdicionados.

Grande interesse: vagas esgotadas horas depois de anunciadas

Os discentes
A servidora Fabíola Queiroz, ao fim da primeira aula, mostrou-se entusiasmada: “Esse curso é de extrema importância, porque estamos entrando num novo momento. Estamos nos adaptando a essa nova realidade e buscamos qualidade. Temos uma demanda muito grande e isso vai facilitar o uso de ferramentas necessárias para aprimorar o trabalho do Judiciário”, disse.
O servidor Rogério Andrade, também na turma treinada esta semana, destacou a questão da agilidade das ferramentas de inteligência artificial: “Ela vem para auxiliar, para facilitar a redação, mas a análise final será nossa. E vai desburocratizar e agilizar. Um processo físico demorava em média três anos e, com processo judicial eletrônico, isso baixou para um ano e pouco. Agora, com a utilização de inteligência artificial, a perspectiva é de que essa tramitação baixe ainda mais, o que é muito bom para todos”.

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Texto - Ariagne Lopes
Imagens - Thyago Silva