Navegação do site
A desembargadora Daisy Andrade Pereira abriu a primeira sessão do projeto Cine com Elas
Comemorando 12 anos de atuação em prol do combate à violência contra a mulher nas suas mais diversas expressões, a Coordenadoria Estadual da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) homenageou as funcionárias terceirizadas da instituição, na tarde da segunda-feira, dia 28, neste mês de conscientização e combate à violência doméstica contra o gênero feminino, denominado Agosto Lilás. Com esse intuito, foi promovida a primeira sessão do novo projeto Cine para Elas no grande auditório da Escola Judicial de Pernambuco – Esmape. Confira as fotos.
“Nosso trabalho está amadurecendo, e para marcar esse dia de festa, nossa equipe de servidoras, lotadas na Coordenadoria, preparou a programação de hoje que contará com a exibição da película Flores de Pilões. Ao assistir, vocês irão presenciar as estórias de mulheres que se uniram em busca de um sonho, ensinando-nos que devemos persistir e nunca desistir de nossos objetivos, apesar das dificuldades. O documentário demonstra que a mulher ao conquistar o seu espaço na sociedade faz a diferença no mundo”, declarou a coordenadora estadual da mulher, desembargadora Daisy Andrade, na abertura do evento.
No encontro, aproximadamente, 100 funcionárias, antes de entrar na sala de exibição, receberam um buquê de margaridas cor-de-rosa das mãos da desembargadora Daisy Andrade. As trabalhadoras atuam no Palácio da Justiça, sede administrativa do TJPE, e em outros prédios da comarca do Recife como o Fórum Rodolfo Aureliano, Paula Baptista e no Thomaz de Aquino.
A força de acreditar em uma ideia
O documentário Flores de Pilões, dirigido por Ronaldo Uzeda, e com produção de Naura Schneider e Fabrício Coimbra, conta a história da fundação da Cooperativas de Floricultores do Estado da Paraíba - COFEB, fundada no ano de 1999. A estória em si, produzida no ano de 2012 e com duração de aproximadamente 50 minutos, é iniciada com a narração da idealizadora do projeto, Karla Cristina Paiva Rocha. Ela também se tornou uma das líderes das agricultoras da comunidade de Avarzeado, localizada na pequena cidade de Pilões. Ela relata sobre a luta, os obstáculos e os preconceitos, dos maridos, principalmente, que as mulheres pobres e sem alfabetização enfrentaram no início do projeto, bem como sobre o desafio de investir na floricultura em uma área reconhecida pela produção de cana de açúcar e de banana.
Em certo momento, as mulheres denunciaram que houve casos de violência doméstica e de separações litigiosas, já que alguns dos companheiros não aceitavam que suas esposas trabalhassem. Entretanto, ao longo do empreendimento, o documentário registra que as agricultoras trocaram seus colchões de capim pelos vendidos em lojas; assim como adquiriram geladeiras, televisões, reformas e até novas casas para as suas famílias, o que acarretou em uma maior aceitação de sua atividade por eles.
Além dessa independência e liderança financeira na família; elas afirmam, nas entrevistas, que foi muito importante conquistar o respeito e a consideração de seus cônjuges, e a autoestima. O relato também cita que as gestoras da COFEB ganharam diversos prêmios nacionais e internacionais, direcionados à agricultura e ao empreendedorismo feminino no campo, durante a primeira década deste século.
No final de Flores de Pilões, maridos e mulheres relatam que aqueles que não acreditaram que a COFEB alcançaria o sucesso, acabaram arrependidos por não terem participado. Nessa altura da trama, a partir do ano de 2009, os filhos e outros homens das famílias das integrantes da Cooperativa já estavam trabalhando, e com carteira assinada, nas grandes estufas e plantações de flores. Eles contam ali que também venceram preconceitos locais por serem homens e plantarem flores com toda a delicadeza e o cuidado que esse tipo de cultura necessita. Assim como as primeiras mulheres que encararam o desafio de plantar flores em área de Brejo, eles não se arrependeram, pois o sonho já tinha se tornado realidade.
O buquê de flores entregue a cada expectadora do Cine com Elas remeteu ao tema do documentário exibido
Percepções do público
“Uma história maravilhosa de mulheres guerreiras, trabalhadoras, que não desistiram por causa da desaprovação de seus maridos. Eu acho que o mundo é esse: É a gente acreditar, buscar e não desistir”
Adriana Silva de Souza – Lotação: Gabinete do Desembargador Alexandre Assunção
“Achei super interessante. Muito emotivo. Temos que realizar nossos sonhos, correr atrás e não depender da aprovação do marido”.
Joyce Gomes – Lotação: Esmape
“O filme é magnífico. É sempre motivador a gente escutar depoimentos e pessoas que passam por dificuldades, mas não deixam se abater. Porque dificuldades nós temos, mas o diferencial é saber passar por elas”.
Cláudia Verônica de Carvalho – Fiscal de Contratos (G4F)
.................................................................................................................
Texto: Izabela Raposo | Ascom TJPE
Fotos: Vitória Viana | Inova Propaganda