A magistrada Luiza Vieira ministra aula para os novos magistrados

Até o próximo dia 26, os novos juízes do Tribunal de Justiça de Pernambuco participam do módulo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). As aulas fazem parte do Curso de Formação Inicial para magistrados promovido pela Escola Judicial de Pernambuco (Esmape).

Nesta quinta-feira, foram abordados os temas gestão de pessoas e o juiz e o mundo virtual. A juíza do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Luiza Vieira Sá de Figueiredo, destacou a importância das habilidades e competências para gerir pessoas. “Nós lidamos com pessoas o tempo inteiro e no Judiciário não é diferente. Por mais que a gente pense em tecnologia, em automação, sempre vai lidar com pessoas seja no público interno, seja no externo porque a nossa atividade fim de prestar jurisdição é para atender pessoas, preservar e restabelecer direitos”, explicou a magistrada Luiza Vieira, que estuda o tema há mais de 10 anos.

De acordo com ela, é preciso uma formação continuada por parte do juiz e a avaliação se o conteúdo oferecido se adequa a realidade judiciária. “Nessa área de gestão há muito conteúdo pronto que é oferecido, mas a gente precisa interpretar e avaliar se esse conteúdo serve a nossa realidade porque nós somos uma organização pública e, sobretudo, uma instituição que tem uma missão diferenciada”, disse magistrada Luiza Vieira. 

Secretária da Enfam, Cíntia Brunetta, ministra aula para novos integrantes do Judiciário pernambucano

Já no período da tarde, os novos integrantes do Poder Judiciário pernambucano participaram da aula sobre o juiz e o mundo virtual com a juíza federal do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e Secretária Geral da Enfam, Cíntia Menezes Brunetta. De acordo com a Secretária, o bom senso deve ser aliado à utilização das redes sociais. 

“Antigamente o alcance era muito mais restrito. Hoje, você coloca algo e a internet não esquece, faz um print e isso se torna uma verdade absoluta. Na nossa posição como juiz, nós ficamos muitos expostos, mas ao mesmo tempo temos muito mais responsabilidade por fazer bem esse papel. Você tem que usar muito bom senso. O juiz não é uma pessoa diferente depois que você tira as vedações da Loman, mas você tem que ver o que seria adequado também para o homem comum”, explicou a Secretária da Enfam, Cíntia Brunetta, que também falou sobre a discussão existente no Conselho Nacional de Justiça.

O Curso de Formação Inicial para magistrados possui carga horária de 480 horas-aula e tem como objetivo desenvolver habilidades e competências para o exercício crítico do papel do juiz na aplicação efetiva da justiça.
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Texto: Cláudia Franco
Fotos: Gleber Nova