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Em 2 de março, magistrados passaram a atuar nas comarcas do Interior do Estado
Os 20 novos juízes do Poder Judiciário estadual concluíram, na sexta-feira (24/02), o Curso de Formação Inicial de Magistrados, promovido pela Esmape – Escola Judicial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A atividade teve encerramento com uma palestra do desembargador Frederico Neves, que falou sobre os aspectos fundamentais do novo Código de Processo Civil e trouxe experiências vividas por ele no exercício da magistratura. O encontro aconteceu no fórum Rodolfo Aureliano, Ilha de Joana Bezerra, no Recife.
O magistrado falou sobre a missão do Poder Judiciário de garantir aos cidadãos os direitos assegurados pela Constituição Federal. “A magistratura deve ter consciência da necessidade de realizar a verdadeira justiça do caso concreto, com respeito às partes, com respeito aos advogados, aos auxiliares da justiça e, com muita altivez e determinação, resolver tempestivamente os problemas levados aos Poder Judiciário, realizando, dessa forma, a verdadeira justiça. A ideia é de que o juiz deve ser um homem culto, preparado, simples, solidário e respeitador para poder buscar a realização da justiça e encontrar a respeitabilidade necessária do sistema social. O Poder Judiciário precisa ser mais eficiente, precisa resolver dentro de prazo razoável os processos que são levados à Justiça, porque a justiça demorada é a verdadeira denegação da justiça. Então, os magistrados em geral precisam ter essa consciência, se dedicar um pouco mais para que o destinatário do serviço judicial se sinta satisfeito e feliz”, enfatizou Frederico Neves.
O desembargador Eurico de Barros, diretor-geral da Esmape – Escola Judicial, deixou aos novos juízes uma mensagem acerca da importância de se desempenhar a magistratura com amor e dedicação. “Que vocês tenham humildade, atenção, respeito com altivez, amor ao trabalho e procurem ter os predicados previstos no Código de Ética. Principalmente tenham equilíbrio para desempenhar a gama de comportamentos e qualidades que o juiz precisa ter para julgar e para administrar. Isso engloba maturidade, controle. Desejo muito boa sorte e tenham amor, porque para ter sucesso tem que se ter amor pelo que faz”, aconselhou.
A juíza Ana Carolina Santana, natural do estado de Sergipe, contou como a capacitação promovida pelo Tribunal é fundamental para o bom desempenho do trabalho. “O curso de formação contribuiu muito para dar segurança aos novos juízes. Eu hoje me sinto muito segura para chegar à Comarca, porque houve uma troca de experiências dos juízes antigos e dos desembargadores. Além dessa proximidade, houve o acolhimento para nós que somos de fora. Recebemos um apoio muito importante do diretor da Escola, desembargador Eurico e do supervisor, juiz Saulo Fabianne, que estavam sempre presentes e muito atuantes nas nossas demandas. É bom saber que nós temos pessoas para nos orientar, pessoas mais experientes para nos aconselhar. Tivemos aulas de disciplinas técnicas, mas o que pesou mais foi realmente a troca de experiências e o acolhimento dos juízes e desembargadores”, destacou a juíza, que vai atuar nas comarcas de Betânia e Flores.
Os 20 novos integrantes da magistratura pernambucana, aprovados em concurso público do TJPE, tiveram, durante o curso, o acompanhamento do supervisor da Esmape, juiz Saulo Fabianne e do diretor de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Escola, Fabiano Galvão. O curso de Formação Inicial de Magistrados teve carga horária de 480h/aulas, sendo exigido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) para o exercício da magistratura. Foram promovidas aulas sobre administração judiciária; gestão processual, de pessoas e administrativa; difusão da cultura de conciliação; realização de audiências; produção de sentenças; além de visitas técnicas a órgãos que atuam em conjunto com o Poder Judiciário.
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Texto: Amanda Machado | Ascom TJPE
Fotos: Gleber Nova | Esmape
