Galeria de Corregedores

Esta Galeria de Corregedores Gerais da Justiça de Pernambuco reúne o perfil de magistrados que exerceram a função desde 12 de janeiro de 1971, data de regulamentação do órgão do Judiciário Estadual através da Resolução do Tribunal de Justiça (TJPE) 10/1971. O primeiro corregedor foi o desembargador João Batista Guerra Barreto, exercendo o cargo em duas ocasiões. Os textos são resultados de pesquisas junto à Biblioteca, ao Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e a outros setores do TJPE, catalogados pela Assessoria de Comunicação Social (Ascom CGJPE).

Geová da Rocha Vanderlei

De 09/01/1978 a 07/01/1979

Geová da Rocha Vanderlei – De 09/01/1978 a 07/01/1979

Geová da Rocha Vanderlei nasceu em Águas Belas, Pernambuco, em 20 de dezembro de 1913, filho de Manoel da Rocha Leite e Lúcia da Rocha Vanderlei. No Recife, estudou na Academia do Comércio de Pernambuco, onde também foi professor. Cursou o ensino ginasial no Ginásio Pernambucano. Concluiu o bacharelado em Ciências Contábeis aos 17 anos e formou-se em Direito na Faculdade de Direito do Recife em 1939.

Ingressou na magistratura em 1942, ao ser aprovado em 1º lugar no concurso, quando assumiu a Comarca de Santa Maria da Boa Vista. Foi removido para a Comarca de Salgueiro (1944), em seguida para a Comarca de Correntes (1945), depois para Camaratuba, atual Comarca de São Joaquim do Monte (1947), voltando no mesmo ano para Correntes (1947) e, no ano seguinte, seguiu para Bom Jardim (1948). Foi promovido para a Comarca do Cabo (1958) e depois para a Comarca de Jaboatão dos Guararapes (1961). Removido para a 9ª Vara da Capital, em 1964, e depois para a 12ª Vara da Capital (1967). Sua promoção a Desembargador se deu em fevereiro de 1976. Foi membro do Tribunal Regional Eleitoral.

Na sua gestão como Corregedor, apresentou dois relatórios semestrais. Neles, ressaltou as precárias condições físicas e estruturais em que estavam instaladas diversas comarcas, além de criticar as cadeias públicas, algumas das quais classificou como “mero depósitos de presos não compatíveis com a dignidade humana”; criticou o grande número de cargos vagos de servidores e oficiais de justiça e a impossibilidade de realizar concursos; questionou, ainda, a falta de juízes em várias comarcas e a competência limitada dos juízes substitutos, o que, para ele, contribuía para a demora da prestação jurisdicional. Na sua gestão, realizou deslocamentos semanais pelas Comarcas do Estado para observar e fiscalizar as condutas dos juízes e realizou a modernização dos serviços técnicos da Secretaria e da Assessoria Técnica de Contabilidade, com a compra de equipamentos.

Em 16 de dezembro de 1983, aposentou-se. Faleceu em 17 de outubro de 1992.

 

 

*Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Judiciários – CEJ