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Competidor de tiro esportivo, servidor de Surubim sonha com Jogos Olímpicos

Dois homens seguram troféu

Servidor André Marcos da Silva (esquerda) pratica tiro esportivo há mais de três anos

Em 2020, os olhos do mundo esportivo estão voltados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Há exatos 100 anos, o Brasil participava pela primeira vez de uma edição da competição mundial, em Antuérpia, na Bélgica, conquistando as três primeiras medalhas do país: ouro, prata e bronze no tiro esportivo. Mas qual a relação dessa história com a vida de um servidor do Tribunal?

No Interior de Pernambuco, um lazer que virou esporte e entrou na vida do servidor André Marcos da Silva há mais de três anos, através de um amigo que lhe apresentou a prática. Foi assim que o auxiliar judiciário da 2ª Vara da Comarca de Surubim se tornou praticante e competidor de tiro esportivo com carabina de ar comprimido, inclusive, alcançando o primeiro lugar, em 2019, em torneio disputado na cidade onde mora, e o nono em outro na cidade de Santa Maria do Cambucá. 

Segundo especialistas, entre os inúmeros benefícios da prática de tiro esportivo, há uma melhora da saúde mental, pois contribui para a capacidade de foco, concentração e autocontrole; melhora a saúde física porque é um esporte de postura, tendo em vista que força o praticante a ficar numa posição mais ereta, trabalhando os braços e ombros dando-lhes mais força muscular e firmeza, além de trabalhar a respiração; também melhora a coordenação motora, já que exige um controle muscular e equilíbrio corporal acentuado para manter a arma estabilizada; e por fim, oportuniza o desenvolvimento pessoal por ocasião dos exercícios de autoavaliação e de controle emocional.

“Essa prática desportiva foi e é de grande valia na minha vida. Com ela, aprendi a desacelerar, manter o foco no objetivo e que quando o alvo não é atingido a contento, devo ter em mente que eu sou o primeiro causador disso, me forçando a fazer uma autoavaliação. Isso também pode ser aplicado no Tribunal, pois a rotina tanto de treino como de trabalho é o que contribui para o alcance dos objetivos, além de ensinar a ter paciência, quando o objetivo não é alcançado e de que não adianta se estressar criando um clima ou ambiente tóxico”, destaca o servidor.

Marcos da Silva tem o sonho de representar o Brasil em competições

Marcos da Silva tem o sonho de representar o Brasil em competições

A rotina de treino de Marcos acontece de terça-feira a domingo em casa, porque ele tem todos os equipamentos necessários. E, no tocante a conciliar suas atividades laborais no TJPE com a prática desportiva, tem sido tranquilo, já que ele treina quando larga do serviço, e as provas que participa são apenas nos finais de semana. Além disso, sua equipe se reúne quinzenalmente para avaliar o progresso dos integrantes e escalar os participantes para os torneios.

“Os treinamentos são sempre com base na prova mais próxima a ser disputada. Quando o papel está a 10 metros e se o torneio for de 100 pontos, treinamos 10 disparos; se for de 200 ou 300 pontos, efetuamos 20 ou 30 disparos no alvo. Se for desafio do giz, são 15 gizes colocados na vertical e posicionados a 10 metros do atirador e efetuamos 15 disparos no treino. Sempre levamos em conta qual o modelo do alvo no referido torneio, se é força livre ou outro”, explica Marcos.

Em relação à segurança, existem cuidados básicos como não permitir o acesso de ninguém na linha de tiro, que é o espaço compreendido entre o atirador e o alvo; e nem deixar os equipamentos perto de crianças, além de todo praticante utilizar óculos de proteção, não apontar a arma em direção a qualquer ser vivo (desmuniciada ou carregada), obedecer a ordem de cessar fogo e iniciar seus disparos só após o comando "pista quente" que é dado como partida da prova. Por fim, Marcos lembra que as armas de ar comprimido não são brinquedos e podem causar ferimentos sérios ou até óbito, dependendo da potência e local de impacto.

Nest ano, Marcos mira alçar voos mais altos. Entre suas metas, estão: entrar no Circuito da Federação Pernambucana de Tiro Esportivo, fazer provas da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo que são o Norte/Nordeste e do Circuito Brasileiro de Tiro Esportivo, todos na modalidade do papel a dez metros com carabina de ar comprimido. E, no futuro, se bem ranqueado e com bons índices de pontuação, ele sonha em representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ou Los Angeles 2028, ou nos Jogos Pan-americanos de Santiago 2023, já que a idade do atirador não influencia no esporte. Nos Jogos de Tóquio 2020, Marcos está na torcida pelos brasileiros.

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Texto: Redação Ascom | Ascom TJPE
Fotos: Thiago Castor