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Juíza Ângela Cristina de Norões Lins se dedica a elementos orientais desde 2011
A titular da 2ª Vara dos Executivos Fiscal Estadual, juíza Ângela Cristina de Norões Lins, já tem 27 anos de magistratura. Porém, o que poucas pessoas sabem é que ela é apaixonada pela cultura oriental. Tudo começou, em 2011, quando a magistrada recebeu a intercambista Cecília Lins, a jovem fez questão de adotar o sobrenome de Ângela Lins, que veio de Taiwan e passou um ano em sua casa.
“Foi um desafio para mim, porque somos de culturas muito diferentes. Assim que soube da escolha dela para nossa família, comecei a ler mais sobre o assunto, e estabelecemos uma relação de amizade e vínculos afetivos que persistem até hoje”, relata a magistrada.
De acordo com Ângela Lins, a cultura oriental, dentre as suas muitas características, traz consigo a busca do desenvolvimento de uma espiritualidade maior; trabalha muito o conceito da disciplina; a busca pela perfeição; e o respeito ao próximo. “São esses valores que procuro preservar em minha vida pessoal”, confessa. Com essa aproximação, a juíza passou a se interessar por origami, a arte popular oriental de dobrar o papel com as mais diversas representações de seres e objetos, sem o uso de cola ou qualquer tipo de corte.
Dentre origamis favoritos da magistrada, estão as kussodamas, dobraduras em forma de estrelas. Com poder de cura, são, originariamente, feitas para serem colocadas no leito de pessoas com alguma enfermidade, porque dentro delas são inseridas ervas aromatizantes, com efeito medicinal. Para nós, brasileiros, as kussodamas tem finalidade decorativa, ou são utilizadas para aromatização de ambientes.
Magistrada tem o sonho de conhecer o Japão
A juíza aprendeu a fazer as kussodamas no Centro Cultural Brasil Japão (CCBJ), localizado no bairro do Curado, Região Metropolitana do Recife. No local, ela conheceu Helena Makiyama, responsável pelas oficinas de origami e com quem ela aprendeu um pouco do que sabe hoje. “Lá no CCBJ, compartilhamos conhecimentos, adaptamos a técnica que pode ser traduzida em arte”, afirma.
De acordo com Ângela Lins, as várias maneiras de se dobrar o papel possuem diversos significados simbólicos no Oriente. Por exemplo: o sapo representa o amor, a fertilidade; e a tartaruga, a longevidade. A dobradura mais popular, o tsuru, que é uma ave sagrada no Japão, traz consigo o simbolismo da paz, da longevidade e da saúde. Diz a lenda japonesa que a ave pode viver até mil anos. Ainda segundo os japoneses, se alguém estiver doente, deve-se fazer 1 mil tsurus para essa pessoa. Como também, fazer 1 mil tsurus tendo em mente algum desejo, ele acontecerá.
A juíza acredita que os benefícios vêm muito mais para quem os faz, pois o ato de fazer dobraduras serena a alma. Quando questionada se tinha planos de conhecer o Japão, ela responde sorrindo: “Claro que sim. Devo a mim mesma uma viagem ao Japão para conhecer o Festival das Cerejeiras”.
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Texto: Ana Paula Menezes | Ascom TJPE
Fotos: Silla Cadengue | Cacoete Produções | Ascom TJPE