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Socioeducandos da Funase participam de ação de Justiça Restaurativa com TJPE, MPPE e Defensoria Pública
A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) participou, nesta quarta-feira (16), de um círculo de construção de paz e leitura com a presença de 13 socioeducandos da Casa de Semiliberdade (Casem) Harmonia. O momento aconteceu no Centro Integrado da Infância e Juventude (Cica), do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no bairro da Boa Vista.
A ideia da ação veio através da união dos projetos “Nas Asas da Leitura” do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da Funase, que desenvolve a leitura e a escrita entre os jovens em cumprimento de medida socioeducativa, e do projeto “Projeto Pareia” do TJPE, que tem como foco realizar ações educativas no âmbito da cultura de paz em escolas e no TJPE. Além disso, as instituições, também com o apoio da Defensoria Pública de Pernambuco, se uniram para aquisição de exemplares do “Pequeno Príncipe”, que foi a obra trabalhada no encontro.
“Ressignificar lugares, ler histórias, contar narrativas, vivenciar novas experiências; também é promover uma cultura de paz. Esses momentos promovem a integração social”, explica Marcela Mariz, assessora técnica da política do atendimento da Funase.
A servidora do Núcleo de Justiça Restaurativa da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJPE e facilitadora da prática, Hebe Pires, conta que “a gente escolhe uma obra de ficção e trabalha em cima trazendo reflexões de temas da vida deles, como valores de amizade, resiliência, felicidade, fé e esses valores a gente compartilha enquanto humanidade”.
A promotora de Justiça Andréa Reinaldo corrobora com a visão, pois “a partir do círculo de leitura, abre-se uma porta grande de escuta de cada um, valorizando e refletindo o que o grupo tem a dizer. Sem contar que os ensinamentos de um livro são infinitos. Então, diante de uma realidade vivida por cada um de nós é possível que a gente leve para nossa vida pessoal os ensinamentos do livro”, conta.
Para o adolescente J.G. , de 18 anos, o momento foi de muito companheirismo. “Foi muito legal, todo mundo se ajudou na leitura, ficamos em comunhão, todo mundo conversou entre si da maneira que todos conseguiram se entender. Eu vou levar para minha vida”, conta.
Os encontros do projeto acontecerão quinzenalmente no Cica, na sala de Justiça Restaurativa, e atendem rotativamente os jovens que passam pela unidade.
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Texto: Marcelo Dettogni | Ascom Funase
Foto: Cortesia