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TJPE introduz técnica terapêutica denominada Constelação Familiar para promover conciliações em ações de família
A juíza Wilka Vilela proferiu uma palestra sobre a técnica da Constelação Familiar para 30 casais
Resgatar os vínculos familiares, utilizando técnicas de terapia no combate a divergências e conflitos. Essa é a proposta da prática da Constelação Familiar Sistêmica empregada pela primeira vez no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na segunda-feira (7/11). Por meio da Coordenadoria da Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem, a juíza Wilka Vilela Domingues, titular da 5ª Vara de Família e Registro Civil da Capital, utilizou o método em 30 processos de alto litígio, convidando os casais das ações para a palestra e vivência sobre "A Constelação Familiar Sistêmica como Instrumento de Resolução de Conflitos no Poder Judiciário". A ação ocorreu no auditório do 5º andar do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano. A expectativa é que os casais, após esta prática, entrem em conciliação nos processos, que estão inscritos na 11ª Semana Nacional de Conciliação, promovida de 21 a 25 de novembro, em todo o país. As ações abrangem divórcio, guarda, regulamentação de visitas, e alienação parental.
No início do encontro, a magistrada explicou a técnica da Constelação Familiar. Criada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger na década de 70 e introduzida no Brasil em 1999 pelo seu idealizador, a técnica é considerada uma terapia familiar. Por meio de uma dinâmica de grupo, os participantes representam os membros da família de uma pessoa, reconstruindo um pouco da sua história. "A partir da dinâmica buscamos identificar como se produzem os problemas no sistema familiar e mostrar claramente os padrões de conduta repetitivos que perduram ao longo das gerações de forma inconsciente, pelo comportamento do passado da família. É preciso buscar essa reconciliação com os nossos pais, avós, para nos livrarmos de bloqueios que atrapalham nossos relacionamentos no presente", afirmou a juíza.