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Desembargador Eduardo Sertório, vice-diretor da Ejud, participa de seminário internacional sobre violência contra a mulher

 

O vice-diretor da Escola Judicial do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Eduardo Sertório, representou o diretor geral, desembargador Eurico de Barros Correia Filho


O Brasil é o quinto país no mundo em índices de violência contra a mulher, onde metade das agressões são cometidas por familiares. Entre 1980 a 2013 foram assassinadas 106.093 mulheres. Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2015: homicídios de mulheres.

Para tratar do tema e ajudar as mulheres dependentes economicamente de agressores a conquistar independência, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), junto com a Escola Judicial, Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife, a Secretaria Estadual da Mulher do Estado de Pernambuco, o Instituto Maria da Penha e a Faculdade dos Guararapes (FG) realizaram o "Seminário Internacional Empoderamento Econômico para as Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar", de 03 a 05 de outubro de 2016.

Na abertura, a coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Daisy Andrade, representando o presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo, iniciou os debates. "Para o TJPE, é uma grande honra, um grande prazer vivenciar este momento. Visualizar uma perspectiva internacional sobre os casos de violência nos permite aprofundar a temática e debater ações", declarou a magistrada.

Na sequência, o vice-diretor da Escola Judicial (Ejud TJPE), desembargador Eduardo Sertório, em nome do desembargador diretor-geral Eurico de Barros Correia Filho, também destacou a necessidade da troca de experiências. "A violência contra a mulher é um problema da sociedade, que vai desde piadas até situações mais graves. O tema é um dos mais importantes, e este encontro é de grande contribuição", afirmou.
A especialista em violência contra mulheres e crianças, a estadunidense Ludy Green, falou sobre justiça e leis de proteção e atendimento para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Ela apresentou dados sobre casos ocorridos nos Estados Unidos e fez comparações com os avanços obtidos tanto naquele país, pelas leis locais, quanto no Brasil, por meio da Lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha.

Com mais de 20 anos de experiência na área, Ludy Green apresentou experiências em empoderamento e autonomia financeira para vítimas de violência nos Estados Unidos. "As mulheres precisam de uma segunda chance, de apoio, ser assistidas e tratadas de forma justa e sem restrições. Precisam ter a certeza de que os agressores serão punidos e de que, na ausência desses provedores, elas serão acompanhadas, encaminhadas a cursos e a vagas de emprego, direcionadas a subsídios para viabilizar novas moradias, por exemplo", explicou a palestrante ao público.
 
Outras autoridades que marcaram presença foram o representante do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife e especialista em Diplomacia Pública, Stuart Alan Beechler; a vice-coordenadora do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa; a coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher do Ministério Público de Pernambuco (NAM – MPPE), promotora Maria de Fátima de Araújo Ferreira; a presidente da Comissão de Defesa da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil / Seccional Pernambuco (OAB / PE), advogada Fernanda Braga Maranhão; e a secretária Estadual da Mulher, Sílvia Cordeiro.


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Fotos: Anderson Freitas | Agência Rodrigo Moreira